No último domingo, durante o segundo tempo da partida no estádio Mestalla, alguns espectadores posicionados atrás do gol defendido por Mamardashvili, do Valência, lamentavelmente deram início a atos racistas direcionados ao atacante Vinicius Júnior. É importante ressaltar que essa conduta condenável partiu de um grupo específico de torcedores conhecido como Ultra Yomus, uma organização de torcida com inclinações ideológicas fascistas e uma visão nacionalista espanhola. Esses incidentes prejudicam o espírito do esporte e destacam a necessidade contínua de combater o racismo nos estádios.
O grupo de torcedores conhecido como Yomus surgiu no ano de 1983, durante um período político marcado por intensa agitação e violência. No entanto, foi apenas nove anos após sua formação que a torcida começou a atrair maior atenção. Em 1992, durante uma partida contra o Albacete, o então jovem treinador holandês Guus Hiddink, à frente do Valencia, tomou a decisão de interromper o início do jogo para que os serviços do clube removessem uma bandeira nazista que estava sendo exibida nas arquibancadas do Mestalla. Essa foi a primeira e única vez na história em que um treinador da equipe valenciana questionou a exibição de símbolos antidemocráticos no estádio.