A família de Jeff Machado está se dirigindo ao Rio de Janeiro para lidar com os trâmites burocráticos relacionados à liberação do corpo do ator. Para Maria das Dores Machado, mãe de Jeff, a situação se torna ainda mais angustiante, não apenas por ter perdido um filho, mas também porque este é o segundo herdeiro que ela terá que sepultar.
A coluna teve uma conversa exclusiva com Cintia Hilsendeger, amiga do artista, que atualmente reside em Portugal. Cintia revelou que conhece Jeff e sua família há muitos anos. Dona Dores, como é afetuosamente chamada, já havia sofrido a perda de seu filho mais velho em março de 1993, em um acidente de carro.
“A notícia da morte nunca é boa, né? O Jefferson é o filho do meio de três homens, de três irmãos, e a dona Dores já perdeu o filho mais velho quando ele tinha 17 anos em um acidente de carro. Então, é mais uma vez um luto, uma tristeza grande na família”, contou Cintia.
Segundo a amiga do ator, embora houvesse indícios de que um assassinato pudesse ter ocorrido, os familiares mantinham a esperança de que houvesse um desfecho diferente para o caso do desaparecimento. “A família sempre nutriu a esperança de encontrá-lo vivo. Eles acreditavam que ele havia sido sequestrado”, explicou. “Eles estão devastados, revoltados e amargurados, mas agora poderão passar pelo processo de luto”, acrescentou.
Em uma entrevista exclusiva à coluna, Cintia Hilsendeger, amiga do artista, forneceu mais informações sobre o crime cruel. De acordo com ela, o ator foi surpreendido dentro de sua própria residência em uma emboscada organizada por um suposto amigo, que afirmava trabalhar na produção de novelas.
“O Jefferson não tinha inimigos, mas ele teve um falso, que foi o Bruno, que tinha interesse no Jefferson. E ele também trabalhava com produção de teatro, novela, essas coisas… Ele dizia ao Jefferson que trabalhava na Globo e que arranjaria uma ponta pra ele lá. A gente acredita que foi em uma reunião de trabalho na casa do Jefferson que ele foi assassinado”, contou ela.
Ela também falou que a segunda pessoa estaria envolvida no caso. “E não foi ele sozinho. Foi ele e mais alguém porque ele sozinho não conseguiria fazer isso… com os requintes de crueldade com que foi feito”, completou.
A amiga do ator relatou oque aconteceu: “Eles estavam na casa do Jefferson… o Bruno, mais alguém e o Jefferson. Eles mataram o Jefferson dentro de casa, transportaram ele dentro de um dos baús que ele tinha em casa… baús muito bonitos. E, com requintes de crueldade, enterraram ele, concretaram ele… foi horrível o que fizeram com ele”, declarou.
Durante a entrevista concedida à coluna, Cintia Hilsendeger compartilhou como a família tomou conhecimento do desaparecimento.
Ela explicou: “Descobrimos apenas porque os cães de Jefferson foram abandonados. Quando eles foram resgatados, os microchips foram escaneados e chegamos até ele. Entramos em contato com a pessoa que estava com o celular de Jefferson, que alegou que ele estava indo para São Paulo, se passando por ele. Essa pessoa ficou com a chave do carro, o cartão bancário e uma procuração para vender a casa. Tudo isso era extremamente incomum…”.
Ela continuou: “Quando a família foi ao Rio de Janeiro para registrar o desaparecimento, Bruno [o suposto amigo] disse: ‘Não, Jefferson deixou tudo comigo, entrou em um carro e disse que eu deveria lavar e vender seu carro e casa’. Foi uma conversa sem sentido. Depois foi descoberto que Bruno foi a última pessoa a estar com Jefferson e que ele estava envolvido no assassinato”, explicou Cintia.