Nesta quinta-feira, a delegada Elen Souto, responsável pela investigação do assassinato de Jeff Machado, revelou que Bruno Rodrigues permaneceu no Morro do Vidigal, localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro, por cinco dias. O produtor de TV, considerado o principal suspeito da morte do ator, foi detido em um hostel na comunidade por policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local. A delegada informou que a confirmação do local onde Bruno estava se deu através do rastreamento do uso do wi-fi.
— Desde a expedição da prisão do Bruno ele estava sendo monitorado. Há cinco dias estava circulando pela cidade. E há cinco dias se mantinha no Morro do Vidigal — contou a policial.
De acordo com a delegada Elen, Bruno foi visto em diferentes bairros da Zona Sul do Rio de Janeiro, incluindo Ipanema e Leblon, e também em Mesquita, na Baixada Fluminense. Ela revelou que o suspeito tinha liberdade para circular no Morro do Vidigal:
— O Bruno tem um contato muito grande no meio artístico. Ele tinha o hábito de frequentar a comunidade (berço do grupo teatral Nós do Morro).
Segundo a delegada, Bruno estava conseguindo se sustentar com o dinheiro proveniente da venda de uma casa. Ela informou que a investigação está caminhando para sua conclusão.
A defesa de Bruno Rodrigues, produtor de TV, declarou que, mesmo com sua prisão, aguarda a decisão do Tribunal de Justiça do Rio em relação ao habeas corpus que foi solicitado na semana passada.
— A polícia cumpriu a prisão temporária do Bruno. Vamos aguardar os desdobramentos -— disse o advogado João Maia.
De acordo com as informações fornecidas pelo ex-namorado de Bruno, Rodrigo Alvim Enseki, foi ele quem entregou a quantia de R$ 100 mil ao produtor de TV para que ele pudesse se sustentar enquanto estava escondido da polícia. Rodrigo afirmou às autoridades que a venda do imóvel em Campo Grande, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, ocorreu em maio passado, três meses após a morte de Jeff.
Bruno e Rodrigo mantiveram um relacionamento por 15 anos. O ex-namorado relatou às autoridades que fez a doação do dinheiro com a intenção de ajudar Bruno. Além do imóvel, o casal também possuía investimentos financeiros que proporcionavam uma boa renda, mesmo após a separação.