Um ex-oficial da Força Aérea dos EUA afirmou, em depoimento perante o Congresso americano nesta quarta-feira (26), que o governo possui restos mortais de supostos seres “não humanos”. No entanto, ele enfatizou que pessoalmente não teve acesso a esses restos. O depoimento de David Grusch fazia parte de uma audiência na qual três militares aposentados foram chamados para relatar avistamentos de objetos voadores não identificados (OVNIs).
De acordo com David Grusch, ex-oficial de inteligência da Força Aérea dos Estados Unidos, o governo americano possui registros de objetos voadores não identificados (OVNIs) e restos mortais de pilotos supostamente de origem “não humana”. Entretanto, ele ressaltou que essas informações foram relatadas a ele por terceiros e que não teve a oportunidade de ver esses objetos ou restos pessoalmente.
Durante a audiência no Congresso americano realizada nesta quarta-feira (26), três militares aposentados prestaram depoimento sobre seus avistamentos de OVNIs ao longo de suas carreiras. David Grusch, ex-oficial de inteligência da Força Aérea dos Estados Unidos, enfatizou que o relato sobre a posse de objetos não identificados e restos mortais supostamente “não humanos” pelo governo é algo que ele próprio não presenciou.
Esta audiência foi convocada por um subcomitê de supervisão da Câmara. Os parlamentares que defenderam sua realização estão enfatizando a necessidade de o governo adotar uma postura mais aberta e transparente em relação aos fenômenos relacionados a OVNIs. No decorrer de seu testemunho, Grusch fez alegações de que o governo havia encoberto suas pesquisas sobre avistamentos não identificados, e ressaltou que ele mesmo reportou essas informações ao inspetor-geral da comunidade de inteligência.
Um representante do escritório do inspetor-geral da comunidade de inteligência optou por não fazer comentários sobre a declaração. Durante seu depoimento, David Grusch mencionou que possui uma lista de “testemunhas cooperativas e hostis” que estariam dispostas a oferecer ao Congresso mais detalhes sobre os programas associados aos OVNIs.
Além da presença de David Grusch, outros depoentes incluíram Ryan Graves, ex-piloto da Marinha que atualmente lidera a organização “Americans for Safe Aerospace”, um grupo fundado com o objetivo de incentivar os pilotos a relatarem incidentes envolvendo OVNIs, e David Fravor, comandante aposentado da Marinha dos EUA.
Ryan Graves declarou: “Se os OVNIs são drones estrangeiros, representam um problema urgente de segurança nacional. Se for algo diferente, então se trata de uma questão científica. Em ambos os cenários, objetos não identificados são uma preocupação para a segurança dos voos.”
Fravor, ao ser questionado sobre por que os OVNIs representam uma ameaça à segurança nacional, relatou sobre o episódio que testemunhou em 2004, afirmando: “A tecnologia que encontramos naquela ocasião era muito superior a qualquer coisa que possuíamos.”
A audiência realizada nesta quarta-feira representa o mais recente empenho conjunto de legisladores, oficiais de inteligência e militares que se dedicam ao estudo dos fenômenos aéreos inexplicáveis, com o objetivo de investigar essa questão em âmbito nacional. Nenhum representante governamental prestou depoimento na audiência desta quarta-feira.
No mês de abril, Sean Kirkpatrick, que atua como diretor do Escritório de Resolução de Anomalias de Todos os Domínios do Pentágono – uma iniciativa criada pelo Congresso para investigar OVNIs, compareceu perante um subcomitê do Senado. Durante sua apresentação, Kirkpatrick revelou que o governo dos EUA estava monitorando aproximadamente 650 casos potenciais de fenômenos aéreos não identificados, tendo exibido vídeos de dois desses episódios como parte de sua exposição.
Kirkpatrick ressaltou que não foram encontradas evidências de vida extraterrestre, e que seu escritório não obteve “nenhuma evidência confiável” de objetos que desafiem as leis conhecidas da física. Por outro lado, o ex-piloto da Marinha, Ryan Graves, mencionou que ainda existe um estigma entre pilotos comerciais e militares quando se trata de relatar incidentes envolvendo OVNIs.
Graves afirmou: “Atualmente, é necessário estabelecer um sistema em que os pilotos possam relatar sem temer a perda de seus empregos. Existe o receio de que o estigma associado a esse assunto resulte em repercussões profissionais, seja por meio da administração ou durante os exames físicos anuais.”