Mortalidade por câncer de pulmão, como o de Aracy Balabanian, é 15 vezes maior entre os fumantes

A taxa de mortalidade por câncer de pulmão, similar ao caso de Aracy Balabanian, é aproximadamente 15 vezes maior em fumantes. O tabagismo é o fator principal associado à doença, estando relacionado a cerca de 85% dos diagnósticos.

Nessa última segunda feira dia 7 de agosto, a atriz Aracy Balabanian, aos 83 anos de idade, faleceu devido a complicações decorrentes de um câncer de pulmão. O diagnóstico foi realizado no final de 2022, e ela estava sendo tratada na Clínica São Vicente, localizada na zona sul do Rio de Janeiro.

Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), no ano de 2023, o câncer de pulmão ocupa a terceira posição em incidência entre os homens no Brasil, com 18.020 novos casos, e a quarta posição entre as mulheres, com 14.540 casos novos, sem levar em conta o câncer de pele não melanoma. Em termos de mortalidade, o câncer pulmonar ocupou a primeira posição entre os homens e a segunda posição entre as mulheres nas estimativas globais do ano de 2020.

O tabagismo é um dos principais fatores de risco associados ao câncer de pulmão, sendo responsável por cerca de 85% dos casos da doença. Segundo o Inca, a taxa de mortalidade é aproximadamente 15 vezes maior entre os fumantes em comparação com não fumantes, e os ex-fumantes ainda possuem um risco quatro vezes maior.

Além do uso de tabaco e seus produtos, a exposição à poluição do ar, infecções pulmonares recorrentes, doença pulmonar obstrutiva crônica (como enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e histórico familiar de câncer de pulmão podem aumentar a probabilidade de desenvolver a doença.

De acordo com o Manual MSD de Diagnósticos e Tratamentos, o câncer de pulmão pode ser classificado como primário, ou seja, originar-se nas próprias células pulmonares e suas ramificações, ou como metástico, quando a doença se inicia em outros órgãos e se espalha para os pulmões.

Os órgãos mais comuns que podem originar metástase para os pulmões incluem mamas, cólon, próstata, rins, glândula tireoide, estômago, colo do útero, reto, testículos, ossos ou pele.

Dentro dos cânceres primários, podemos dividi-los em duas classificações: o de células não pequenas, que abrange cerca de 85% dos casos e tende a ter uma progressão mais lenta; e o de células pequenas, responsável por 15% dos diagnósticos e considerado mais agressivo em sua natureza.

De acordo com o Manual MSD, no caso do segundo tipo, na maioria das vezes, quando é diagnosticado, o câncer já se disseminou para outras partes do corpo.

Os sintomas do câncer de pulmão podem englobar tosse e/ou rouquidão persistentes, sangramento pelas vias respiratórias, dores no peito, dificuldade respiratória, fraqueza, perda de peso inexplicável e falta de apetite.

Para diagnosticar o câncer de pulmão, são utilizados exames de radiografia e tomografia de tórax, que auxiliam na identificação de nódulos pulmonares suspeitos. Além disso, exames complementares, como pet-scan e ressonância de crânio, podem ser necessários para avaliar a possível disseminação da doença.

As opções para tratar o câncer de pulmão são diversas e variam de acordo com cada paciente, podendo incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou até mesmo cirurgia, sendo cada abordagem personalizada ao caso específico.