Agente policial carioca demonstrou uma incrível força ao erguer o peso de um piano de cauda durante uma competição no Canadá, sendo reconhecido como o mais robusto do evento. Como membro da PM, ele brilhou na olimpíada que congregou profissionais de segurança e bombeiros de todo o globo, conquistando duas medalhas de ouro. Um dos feitos notáveis foi o levantamento de mais de 450 quilos, consolidando a sua vitória.
Na sua infância, Carlos Alexandre Manhães Serva Emídio descobriu uma grande paixão pela academia de jiu-jitsu que abriu ao lado de sua casa. Mesmo sem ter recursos para adquirir o quimono necessário para treinar, ele optou por trocar a sua bicicleta nova que havia ganhado do seu pai por um quimono usado de um amigo, enfrentando uma reprimenda em troca. Esse episódio marcou o início de seu amor pelo esporte, que permaneceu com ele ao longo do tempo. Agora aos 39 anos de idade e atuando como soldado na Polícia Militar do Rio de Janeiro, ele retorna do Canadá, trazendo consigo duas medalhas de ouro e o título de policial mais resistente do mundo, conquistados em competições de levantamento de peso no evento conhecido como World Police & Firefighters Game. Esse torneio, é uma espécie de olimpíada que reúne agentes de segurança e bombeiros de todo o mundo, celebra toda a sua dedicação e força.
O encontro, que teve seu encerramento no domingo passado, reuniu uma impressionante participação de mais de 8 mil indivíduos. O soldado, integrante das fileiras do batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Recom) — com responsabilidades que incluem a atuação nas proximidades de grandes eventos e partidas no Maracanã —, se destacou ao se tornar campeão em duas categorias distintas: supino e push-pull, este último envolvendo levantamento terra. Um dos momentos mais notáveis foi sua conquista da medalha de ouro ao erguer 457,5 quilos, o equivalente ao peso de um piano de cauda como aqueles usados em grandiosos concertos. Essa proeza garantiu ao atleta o título de maior levantador na competição.
— A característica que mais ressalta nessa competição é a gratidão. Com 14 anos de carreira como atleta, nunca experimentei um sentimento tão profundo de agradecimento. Além de alcançar o sucesso esportivo, pude contribuir para ajudar outras pessoas, tudo isso considerando que não conto com nenhum patrocínio — compartilhou o atleta.
Realizada a cada dois anos em nações diversas, essa competição é reconhecida como um dos maiores eventos esportivos globais, tanto em termos de participantes quanto de variedade de modalidades. O Brasil enviou uma delegação com mais de 400 atletas para a competição. Devido ao adiamento causado pela pandemia de Covid-19, os jogos foram realizados em anos consecutivos. No ano passado, a competição ocorreu na Holanda, e o soldado da PM do Rio retornou para casa com duas medalhas de ouro.
Antes de conquistar a vitória sobre os seus adversários, o soldado Serva enfrentou um desafio adicional: superar uma infecção de dengue que quase o afastou da competição e levou à perda de oito quilos em seu peso. Além disso, em sua vida pessoal, enfrentou um período tumultuado devido à mudança do Rio para Búzios, localizado na Região dos Lagos. Além disso, ele lida diariamente com a constante batalha de equilibrar seu treinamento com as suas obrigações como policial.
— Em um cenário ideal, o treinamento deveria ocorrer de duas a três horas diariamente. Contudo, devido aos três dias consecutivos que passo no batalhão, acabo por dedicar-me ao treino somente nos meus dias de folga, ou seja, entre três a quatro sessões semanais — compartilhou.
