Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), aproximadamente 20% dos casos de câncer no Brasil são atribuídos à má alimentação. A instituição afirma que um em cada três desses casos poderia ser prevenido por meio da adoção de uma dieta equilibrada, manutenção do peso adequado e a prática regular de atividades físicas.
De acordo com a nutricionista Juliana Vieira, uma dieta diversificada, que inclua uma variedade de frutas, verduras, legumes, cereais integrais e grãos, enquanto limita o consumo de alimentos ultraprocessados, pode ser uma medida preventiva importante contra muitos casos de câncer. Com isso em mente, ela selecionou seis alimentos que você pode incorporar à sua alimentação.
Confira:
1 – Frutas vermelhas: As frutas como morango, amora, framboesa e mirtilo devem sua coloração característica à presença de pigmentos conhecidos como antocianinas. Estas substâncias possuem propriedades antioxidantes e atuam na prevenção da formação de radicais livres, moléculas que podem danificar o DNA das células e promover o desenvolvimento do câncer.
Adicionalmente, essas frutas fornecem quantidades significativas de vitamina C, a qual é igualmente um antioxidante potente.
2 – Frutas e vegetais amarelos e alaranjados: A coloração amarela ou alaranjada em alimentos como abóbora, batata-doce, cenoura, manga, nectarina e mamão é atribuída à presença de betacaroteno, um pigmento que atua na proteção do nosso material genético contra os danos provocados pela oxidação.
Além disso, a elevada concentração de vitaminas, minerais e fibras é outro benefício, promovendo o adequado funcionamento de todo o organismo.
3 – Frutas cítricas: As frutas cítricas são altamente ricas em vitamina C, um micronutriente que possui a capacidade de combater o estresse oxidativo nas células e prevenir o desenvolvimento de vários tipos de tumores malignos, incluindo o câncer de mama.
Por essa razão, é muito valioso incluir frutas como abacaxi, acerola, maracujá, kiwi, laranja, limão e tangerina em sua dieta, consumindo ao menos uma porção diariamente.
4 – Brócolis e outros vegetais crucíferos: Os vegetais crucíferos, como brócolis, couve-manteiga, couve-flor e repolho, são conhecidos por serem ricos em fibras, vitaminas e sais minerais, elementos essenciais para promover o adequado funcionamento do organismo. Além disso, esses alimentos contêm substâncias como os glucosinolatos, que têm uma ação específica na prevenção do câncer.
5 – Salmão e outros peixes gordurosos: Os peixes como salmão, sardinha e atum são fontes de gorduras insaturadas, particularmente os ácidos graxos ômega-3. Essas gorduras são consideradas benéficas, pois protegem a saúde cardiovascular e reduzem o risco de desenvolvimento de vários tipos de câncer.
Essa propriedade se deve à capacidade dos ácidos graxos ômega-3 de combater e prevenir a atividade inflamatória, um fator de risco significativo para tumores malignos.
6 – Castanhas e outras sementes oleaginosas: As castanhas em geral, como amendoim, amêndoas, avelãs, castanha-de-caju, castanha-do-pará e nozes, são ricas em vitamina E, a qual possui propriedades antioxidantes.
O que não colocar no prato
Por outro lado, existem alimentos que possuem potencial cancerígeno. Um nutricionista identifica o que se deve evitar no prato para prevenir o câncer:
1 – O consumo excessivo de carne vermelha, rica em gorduras saturadas, pode promover processos inflamatórios no corpo, elevando o risco de câncer de mama. Portanto, é aconselhável restringir sua ingestão a três porções por semana, dando prioridade a peixes e aves.
2 – É fundamental evitar frituras e alimentos ricos em gordura, como lanches de fast food, leite integral e queijos amarelos. Isso ocorre porque o consumo excessivo de gordura está associado ao ganho de peso, um fator que aumenta o risco de câncer, e ao aumento dos níveis de estradiol, um hormônio relacionado ao câncer de mama.
3 – Deve-se consumir com moderação açúcares orgânicos, doces, refrigerantes e produtos industrializados em geral. Isso ocorre porque esses alimentos contêm substâncias artificiais que podem desencadear processos inflamatórios no organismo.