Justiça já condenou Alexandre Correa por ofender médico cubano

O nome do esposo da apresentadora Ana Hickmann está ganhando as redes sociais nos últimos dias, no entanto de forma negativa. O empresário está sendo acusado de agredir a própria esposa em sua residência. Vale ressaltar que esse caso não é um fato isolado na vida do empresário, em fevereiro de 2017, Alexandre Correa se envolveu em uma polêmica ao expressar seu descontentamento com o atendimento médico recebido no Hospital Samaritano de Sorocaba, após passar mal em sua residência. O episódio ganhou ainda mais destaque quando Correa dirigiu críticas públicas ao médico cubano responsável pelo seu atendimento, culminando em uma série de postagens nas redes sociais que resultaram em um processo judicial.

De acordo com relatos divulgados pelo colunista Rogério Gentile, do UOL, Alexandre Correa enfrentou problemas de saúde, incluindo dificuldades respiratórias e fortes dores de cabeça. Insatisfeito com o atendimento no hospital, o empresário, ao invés de recorrer aos canais adequados para expressar sua insatisfação, optou por atacar publicamente o médico cubano que o havia atendido.

“Caso se veja na frente dele em um pronto-socorro, corra. Ele não sabe o que faz”. Ele ainda se dirigiu ao Conselho Regional de Medicina (CRM) pedindo que o órgão “não permita que um estrangeiro faça isso com a nossa população”.

As redes sociais tornaram-se palco para as críticas de Correa, que postou a foto do profissional de saúde e proferiu comentários desabonadores, insinuando que os médicos estrangeiros não seriam competentes para cuidar da população brasileira. As postagens ultrapassaram os limites do direito de crítica e mergulharam no terreno da ofensa pessoal, conforme destacado pelo desembargador Enéas Garcia.

O médico cubano, por sua vez, não se limitou a apenas contestar as críticas; ele acionou a Justiça alegando ter sido vítima de xenofobia. O processo revelou consequências severas para o profissional de saúde, que além de perder o emprego, enfrentou hostilidades na comunidade local e desenvolveu quadro de depressão.

Alexandre Correa, por sua vez, defendeu-se argumentando que sua indignação decorreu do diagnóstico considerado precipitado e equivocado, que teria colocado sua vida em risco. O empresário classificou suas postagens como um desabafo, sem a intenção de prejudicar a reputação do médico cubano.

Em dezembro do ano passado, a Justiça decidiu condenar Alexandre Correa a pagar uma indenização de R$ 10 mil ao médico, considerando que as publicações ultrapassaram os limites do direito de crítica. O desembargador Enéas Garcia destacou que as consequências da polêmica foram além do campo profissional, afetando a saúde mental do médico cubano.

Alexandre Correa recorreu da decisão, e o caso agora está sob análise do Superior Tribunal de Justiça. Esse episódio levanta questões cruciais sobre a responsabilidade dos indivíduos nas redes sociais, destacando a importância de ponderar as consequências de suas palavras e a necessidade de expressar descontentamentos de maneira ética e responsável.

O episódio envolvendo Alexandre Correa e o médico cubano coloca em xeque a relevância de debater as implicações éticas e legais das manifestações nas redes sociais. A liberdade de expressão não deve ser um pretexto para a disseminação de ódio e discriminação. Ao abordar a polêmica, é fundamental refletir sobre como as palavras têm o poder de afetar não apenas a reputação, mas também a saúde mental e emocional de indivíduos, reforçando a necessidade de um uso consciente e responsável das redes sociais.



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