Gêmeas brasileiras com síndrome do envelhecimento são sucesso nas redes sociais

O Natal das gêmeas Elis e Eloá Lima Carneiro foi significativo. Conforme a mãe das crianças, Elismar Lima Carneiro, de 40 anos, esta época teve um sabor de vitória. Foi o primeiro Natal em que as filhas puderam andar, falar e com um diagnóstico definitivo, já que as meninas têm uma síndrome rara chamada progéria.

A enfermidade induz um processo de envelhecimento prematuro no indivíduo. A mãe das gêmeas destaca que o ano teve um desfecho positivo, pois agora possuem maior entendimento sobre a condição que enfrentam. Eloá e Elis representam o pioneirismo no tratamento dessa condição através da rede estadual de saúde de Roraima. Conforme o Instituto Progeria Research Foundation (PRF) dos Estados Unidos, as meninas brasileiras podem ser as primeiras a serem diagnosticadas com essa síndrome a nível global.

No início do ano, a história das gêmeas com progéria fez manchetes na mídia. O caso rapidamente se espalhou pelas redes sociais, atraindo uma legião de seguidores para as pequenas. Elas acumularam cerca de 1,5 milhão de admiradores em suas redes sociais, sendo que somente no Instagram ultrapassaram os 500 mil seguidores.

Em junho deste ano, após uma série de exames, o Instituto Progéria confirmou o diagnóstico da rara síndrome nas gêmeas. O instituto tem acompanhado de perto o caso das meninas de Roraima. Essa síndrome acelera o envelhecimento do corpo em aproximadamente sete vezes em relação à taxa normal.

Atualmente, 400 indivíduos enfrentam a síndrome rara e recebem acompanhamento do instituto americano em várias partes do mundo. No Brasil, além das gêmeas, há registro de outros sete casos.

As pequenas requerem cuidados médicos regulares e utilizam produtos especializados para cuidar da pele. Devido à sensibilidade decorrente da condição, elas possuem uma pele extremamente sensível ao calor e à exposição solar. As crianças fazem visitas frequentes ao dermatologista e utilizam sabonetes, cremes e protetores solares específicos para seu tratamento.

A mãe das gêmeas destacou que o clima do estado onde residem não é favorável para a condição delas. Mesmo com todos os cuidados tomados, ela mencionou que suas filhas apresentam algumas manchas de melasma na pele.