O líder religioso Dermeval de Brito, pai de Davi, que se encontra confinado na casa mais vigiada do Brasil tem se surpreendido com o comportamento do filho durante a sua estadia no reality. Bastante privado em relação a sua vida pessoal, o pai do motorista de aplicativo revelou que o filho puxou dele o amor pela cozinha, e também abril o jogo sobre o desejo do filhão em se formar em medicina.
“Eu fico surpreso pela maneira racional que ele vem lidando com situações que aqui fora talvez ele agisse de forma diferente. Estou orgulhoso. É que eu sou muito reservado”, admitiu Dermeval no decorrer de uma entrevista cedida ao Jornal Extra.
Ainda no decorrer da entrevista, o pastor evangélico também entregou detalhes sobre a decisão do filho de participar do programa Global e revelou que Davi disse que voltaria para casa com o prêmio. “Passamos em frente a um condomínio de gente rica em Salvador e ele levantou o braço. Perguntei por que ele fez aquilo e ele me disse: ‘Estou profetizando, pai. Vou voltar com o prêmio e morar aqui'”, relembrou.
Ainda no desabafo, o religioso falou sobre a criação dos filhos. Além de Davi, ele também é pai de Raquel, a primogênita. “Sou cozinheiro profissional, tirei meu diploma pelo Senac e sempre tirei o sustento das panelas”, explicou ele, que cuidou dos filhos após a separação da mãe deles. “Davi tinha uns 11 anos e eles vieram morar comigo porque ficava mais fácil para ir à escola. Eu dava banho, comida, lavava e passava as roupinhas deles. Fui ‘pãe’ durante alguns anos”, entregou.
O pai de Davi também entregou que durante um longo período de sua vida ficou desempregado, e Davi decidiu vender água e bala no sinal para ajudar a família. “Ele pegava R$ 15 comprava uns saquinhos de bala e vendia. Foi assim que conseguiu pagar o botijão de gás uma vez para que eu pudesse fazer a comida pra vender. Ele sempre foi um menino trabalhador”, elogiou o pai cheio de orgulho.
O sonho de ser médico
Ainda no decorrer da entrevista, ao ser perguntado sobre o sonho do filho, Dermeval de Brito revelou que desde novo Davi já sonhava em ser médico. “Eu sempre disse que ele tinha que estudar muito que no nosso país só se vence pela educação”, contou, sem saber os motivos de como surgiram o sonho do filho em seguir nessa profissão tão importante, mas acredita que possa ser pelas dificuldades que ele já passou na vida.
“Quando ele tinha uns 3 anos, fomos fazer um trabalho de evangelização em outra cidade. E lá ele pegou uma infecção. Um dia estava na igreja e vi ele num cantinho, quieto, os olhos meio para dentro, catei e pedi ajuda na prefeitura pra ter uma ambulância e levá-lo ao hospital mais próximo.”
“Meu filho já estava perdendo as forças quando encontrei um médico, um homem de quase 2m de altura. Quando ele veio falar comigo, disse que Davi estava com infecção generalizada e que se eu tivesse demorado para levá-lo ele não ia sobreviver”, lembrou.