Lúcio Barreto, veterinário e dono da clínica que cuida dos bichinhos em Nova Fátima, Paraná, revelou o que o menino de só 9 anos contou pra Polícia Civil. O garoto invadiu o local e acabou matando e esquartejando 23 animais, sendo 15 coelhinhos.
“Ele não parecia muito abalado, tava até tranquilo. Perguntei se ele não sentia pena dos coelhinhos, e ele respondeu ‘mais ou menos’”, contou o Lúcio. Dá pra ver que a situação é bem complicada, né?
A Polícia Civil foi até a casa do garoto, que mora com a avó, conversou com os responsáveis e fez um boletim de ocorrência (BO). Também chamaram o Conselho Tutelar pra acompanhar o caso, como manda o protocolo.
O mais curioso é que, no dia antes do ocorrido, o menino participou da inauguração da fazendinha lá no hospital veterinário. Os donos do lugar, quando viram as imagens das câmeras de segurança mostrando o menino pulando o murinho com o cachorro dele, pensaram que ele só queria brincar com os animais, já que ele parecia super interessado nos pets durante o evento, que rolou no sábado, dia 12.
“É uma coisa muito triste, a gente que cuida dos bichinhos há tantos anos, com todo carinho e amor, de repente, logo no dia seguinte da festa de Dia das Crianças, chegar e ver uma cena dessas é de cortar o coração. É uma sensação horrível, de impotência e tristeza”, desabafou o Barreto.
E o que a lei diz sobre isso?
Bom, de acordo com a lei brasileira, quem tem menos de 18 anos é considerado inimputável, ou seja, não pode ser responsabilizado penalmente pelos atos que comete. No caso dos menores, existe uma legislação especial que considera esses atos como “atos infracionais” e não crimes.
Mesmo assim, uma criança com menos de 12 anos nem pode responder por esses atos infracionais. Nessa idade, a criança é vista como totalmente inimputável e não pode passar por nenhum tipo de processo ou punição, diferente do que aconteceria com um adolescente entre 12 e 17 anos ou com um adulto.
A Polícia Civil do Paraná falou que o caso foi registrado na delegacia de Fátima e que pegaram as imagens das câmeras de segurança pra comprovar que foi o menino que fez tudo aquilo. Mas também afirmaram que não vai ter nenhum tipo de ação contra ele, já que isso iria contra a lei.
No fim das contas, é uma situação bem delicada. O que resta é esperar que o Conselho Tutelar e as autoridades competentes possam acompanhar esse caso e garantir que algo assim não aconteça de novo. Tem gente questionando a criação do menino, enquanto outros falam que é um sinal de que ele precisa de ajuda psicológica urgente. Seja como for, é um episódio triste que deixa todo mundo pensando em como cuidar e proteger tanto as crianças quanto os bichinhos que não podem se defender.
Este caso chocou muitas pessoas pelo Brasil e não era para menos, diante de todas as atrocidades que se presenciou.