Em 27 de janeiro de 2013, o Brasil ficou paralisado com uma tragédia que ninguém esperava. Foi o incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Naquele dia, 242 pessoas perderam a vida e mais de 600 ficaram feridas. O país inteiro acompanhou de perto o desfecho dessa catástrofe que pegou todo mundo de surpresa e deixou uma marca profunda na cidade.
A história começou quando a banda Gurizada Fandangueira tava tocando e resolveu soltar uns fogos dentro do palco. Aí, a situação saiu de controle rapidinho. O fogo se espalhou pelo local e, com tudo lotado e cheio de fumaça, as pessoas não conseguiram sair a tempo. Segundo o G1, lá em março daquele ano, a promotoria acusou 16 pessoas pela tragédia. Entraram nessa lista sócios da boate, funcionários que trabalhavam lá na hora, integrantes da banda e até alguns bombeiros que tavam de serviço naquela noite.
Um dos caras que tavam sendo julgados era o Marcelo de Jesus dos Santos, o vocalista da banda. Em 2021, a advogada dele, Tatiana Borsa, usou uma carta psicografada como parte da defesa. O detalhe é que essa carta era do livro “Nossa Nova Caminhada”, que, supostamente, trazia mensagens espirituais das vítimas do incêndio. Aí, a coisa ficou ainda mais estranha, porque um dos trechos divulgados dizia que o Guilherme Gonçalves, uma das vítimas que morreu, pedia pra Justiça parar de procurar culpados e, em vez disso, focar em orar e se unir. Ele teria dito algo como: “Ao invés de gastar nossa energia buscando culpados, vamos rezar juntos”. Foi algo que dividiu as opiniões de muita gente.
Esse livro, aliás, tem outras mensagens das vítimas, e uma delas, supostamente de uma segunda pessoa, falou: “Tá complicado viver sem as pessoas que amava e deixei pra trás. A gente tá tentando seguir, mesmo que aos trancos e barrancos”. Dá pra imaginar como isso mexe com os sentimentos dos familiares e amigos que perderam alguém naquela noite.
Mas, e aí, o que realmente aconteceu com a Boate Kiss depois disso tudo? A boate pegou fogo e, como eu já disse, muita gente morreu e muita gente ficou ferida. A investigação apontou que 16 pessoas tinham algum tipo de responsabilidade por aquelas mortes todas. Só que, no fim das contas, o Ministério Público só acusou 8 pessoas formalmente. Eles falaram de homicídio doloso, que é quando você assume o risco de matar, e ainda citaram outras coisas, como fraudes processuais e falso testemunho.
Mesmo assim, a verdade é que só 4 dessas pessoas ainda tão presas. Entre elas, tá o Marcelo, vocalista da banda, um cara que trabalhava como auxiliar de palco e dois sócios da boate. O processo ainda tá lá no Supremo Tribunal Federal (STF), então a história ainda não acabou.
No meio disso tudo, o prédio da Boate Kiss foi demolido em julho desse ano. O G1 informou que o lugar vai virar um memorial pras vítimas, um espaço pra lembrar e homenagear quem perdeu a vida naquela noite. A ideia é que os familiares das vítimas estejam presentes quando o memorial for inaugurado, mas até agora não se sabe exatamente quando isso vai acontecer.
Esse episódio mexeu com muita gente e ainda é um assunto sensível. É difícil pra quem perdeu alguém aceitar que a vida segue, mas, ao mesmo tempo, é uma tentativa de trazer alguma justiça e memória pras vítimas e seus familiares. O que é certo é que essa história ainda ecoa no coração de quem viveu de perto aquele dia ou acompanhou de longe, e a luta por justiça e pela memória das vítimas continua, mostrando que tragédias assim nunca são esquecidas.
Esse caso todo da Boate Kiss é um daqueles que ficam pra sempre na memória, não só pelas vidas perdidas, mas pelas lições que deixa pra gente sobre segurança, responsabilidade e sobre como a justiça lida com situações assim. Muita coisa ainda precisa ser esclarecida, e o sentimento de dor e indignação é algo que ainda tá muito presente. A esperança é que esse memorial traga um pouco de conforto pra quem sofreu tanto e que, no fim, as vítimas sejam sempre lembradas como merecem.