No último domingo, dia 13 de outubro, uma notícia chocou a todos: um menino de apenas 9 anos executou 23 animais em uma fazendinha de um hospital veterinário em Nova Fátima, no Paraná. O caso levantou muitas questões, principalmente sobre a segurança do local e as circunstâncias que levaram a essa tragédia.
A veterinária Brenda Rocha Almeida Cianciosa, uma das sócias da fazendinha, foi quem trouxe as informações à tona. Ela comentou que esse não foi um caso isolado, pois o menino já havia sido acusado de maus-tratos contra outros animais antes. No entanto, Brenda não entrou em detalhes sobre essas situações passadas. O que mais chamou a atenção foi a declaração do garoto, que, segundo ela, disse não entender o porquê de suas ações cruéis.
Apesar da gravidade do ato, a veterinária se mostrou compreensiva e disse que não deseja punição para o menino. “Espero que as autoridades consigam prestar o devido auxílio ao autor. Não queremos punição para ninguém, até porque isso não vai trazer os animais de volta”, afirmou ela em uma entrevista ao Metrópoles. Essa posição gera debate: até que ponto a empatia deve prevalecer em situações tão trágicas?
As imagens das câmeras de segurança do hospital revelaram a cena horrenda em que o garoto entrou no espaço, atacou e mutilou os animais. Vinte coelhos e três porquinhos-da-índia foram mortos em um ataque que durou cerca de 40 minutos. Um verdadeiro filme de terror em plena luz do dia.
Curiosamente, o menino havia visitado a fazendinha no dia anterior, durante a inauguração, que aconteceu no Dia das Crianças. Isso levanta a pergunta: ele estava ciente de que poderia fazer algo assim? O acesso foi tão fácil que gerou preocupação sobre a segurança do lugar. Ao ser questionada sobre isso, Brenda explicou que havia segurança na fazendinha, e que o segurança chega por volta das 7 da noite, enquanto o ataque ocorreu à tarde.
“Estava tudo claro ainda. Agora já reforçamos a segurança. Ninguém nunca imaginou uma tragédia dessa”, contou a veterinária. É compreensível que um evento desse tipo possa pegar qualquer um de surpresa, mas fica a lição de que precisamos sempre estar atentos e preparados para situações inesperadas.
Esse caso levanta muitas reflexões sobre a infância, a educação e a forma como lidamos com crianças que demonstram comportamentos agressivos. Muitas vezes, por trás de ações como essa, há um histórico de negligência ou problemas emocionais que precisam ser tratados. Será que o menino recebeu o acompanhamento necessário? Essa é uma pergunta que vale a pena considerar, pois não podemos esquecer que ele também é uma criança.
Por outro lado, a reação da sociedade a eventos assim é intensa. As pessoas tendem a exigir justiça, e é compreensível, dado o sofrimento dos animais. Entretanto, a abordagem que a veterinária propõe nos convida a pensar de forma mais ampla. Ela parece acreditar que, ao invés de punir, devemos tentar entender e ajudar. O que será que o garoto pode ensinar sobre empatia e cuidados com os animais?
Fica aqui um chamado à reflexão sobre como lidamos com situações de violência e crueldade. O caso pode ser triste e chocante, mas também é uma oportunidade de discutir como prevenir que tais tragédias se repitam no futuro. O que precisamos fazer para cuidar das crianças e dos animais? O que realmente significa educação e responsabilidade? Essas perguntas são essenciais para que possamos avançar como sociedade.