Olha, o que aconteceu em Serra dos Correias, na Bahia, é uma daquelas tragédias que ninguém consegue explicar direito. Na tarde de sexta-feira, 18, um estudante de 14 anos entrou na Escola Municipal Dom Pedro 1º, armado com um revólver calibre 38, e atirou em três colegas de turma, duas meninas e um menino, todos de 15 anos. Depois disso, ele tirou a própria vida. Imagina o pânico e a tristeza que essa notícia trouxe pra cidade de Heliópolis. A violência nas escolas, que a gente já viu em outros lugares do Brasil, chegou de uma forma cruel num povoado pequeno como Serra dos Correias.
A Polícia Militar da Bahia já confirmou os nomes das vítimas: Adriele Vitória Silva Ferreira, Fernanda Souza Gama e Jonathan Gama dos Santos. Não dá pra imaginar o desespero das famílias ao receberem essa notícia. Os pais que deixaram seus filhos na escola de manhã, esperando que eles voltassem pra casa no fim do dia, jamais poderiam prever que algo assim fosse acontecer. E, quando o Samu chegou, já era tarde demais. Os socorristas encontraram os quatro jovens mortos, e até agora ninguém sabe muito bem o que motivou o crime.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, logo se manifestou nas redes sociais, mostrando a indignação e tristeza com o caso. Ele prometeu que a Secretaria de Segurança Pública vai apurar tudo pra entender o que aconteceu de fato. Mas, ao mesmo tempo, a gente sabe que investigar depois que a tragédia já aconteceu não traz os jovens de volta. O governo do Estado já está dando suporte à cidade, ao prefeito e, claro, às famílias que estão completamente devastadas.
Esse tipo de coisa sempre levanta perguntas sobre o que tá acontecendo com nossos jovens. E mais do que isso, sobre o quanto estamos preparados pra lidar com esses sinais de alerta. Será que o garoto que cometeu esse ato já mostrava algum comportamento preocupante? A escola, os colegas, os professores, alguém notou algo? Infelizmente, esses massacres trazem à tona a falta de atenção pra saúde mental nas escolas, especialmente em lugares menores, onde as estruturas de apoio muitas vezes são limitadas.
Se você ou alguém que você conhece tá passando por um momento difícil, como lidar com esse tipo de dor? Existem algumas opções que podem ajudar. Tem o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio emocional gratuito 24 horas por dia. Dá pra entrar em contato pelo telefone 188, pelo chat no site deles ou até por e-mail. Às vezes, só de falar com alguém, a gente já se sente um pouco melhor, né?
Outra iniciativa bacana é o Canal Pode Falar, criado pelo Unicef. Ele é voltado especialmente pra adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. Dá pra mandar mensagem pelo WhatsApp de segunda a sexta, das 8h às 22h, e eles tão ali pra ouvir, sem julgamentos. Às vezes, essa é a diferença que a pessoa precisa, sabe?
E, claro, o SUS também oferece atendimento pra quem tá passando por problemas de saúde mental. Os Caps (Centros de Atenção Psicossocial) são lugares especializados pra tratar transtornos mentais. Em São Paulo, por exemplo, existem 33 Caps específicos pra crianças e adolescentes, mas é importante que cada cidade tenha acesso a esse tipo de serviço.
A internet também pode ser uma aliada nesse momento. O site Mapa da Saúde Mental traz um mapa com várias unidades de atendimento psicológico gratuito, seja presencial ou online. Eles também têm uns materiais de orientação que podem ajudar quem tá buscando entender mais sobre saúde mental.
É triste pensar que tragédias como essa ainda acontecem, e que, em muitos casos, não sabemos como prevenir ou reagir a tempo. O mais importante agora é prestar suporte a quem tá precisando, seja a comunidade de Heliópolis, as famílias das vítimas ou qualquer pessoa que esteja sofrendo silenciosamente. Que essa tragédia sirva, pelo menos, como um alerta pra gente olhar mais de perto para a saúde mental dos nossos jovens, antes que seja tarde demais.