Apóstolo Rina, fundador da igreja Bola de Neve, morre em SP

O fundador da igreja Bola de Neve, Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, mais conhecido como apóstolo Rina, faleceu neste domingo (17) após um grave acidente de moto em Campinas, São Paulo. Ele tinha 52 anos e liderava um dos ministérios evangélicos mais influentes do Brasil, conhecido por atrair jovens e inovar na maneira de abordar a fé cristã.

Detalhes do acidente

De acordo com informações da concessionária Rota das Bandeiras, que administra o Corredor Dom Pedro de rodovias, o acidente ocorreu por volta das 16h04, no quilômetro 131 da rodovia D. Pedro I (SP-065), no sentido Jacareí. A gravidade do ocorrido levou ao fechamento de uma faixa da pista sul por cerca de 40 minutos.

A concessionária informou que o apóstolo sofreu uma fratura na clavícula e foi levado ao Hospital das Clínicas da Unicamp para atendimento. No entanto, as lesões se mostraram mais graves do que inicialmente aparentado, culminando em sua morte pouco depois.

Um legado que marcou gerações

A notícia da morte de Rina gerou comoção entre os fiéis e líderes religiosos. Em uma publicação no Instagram oficial da Bola de Neve, a igreja lamentou profundamente a perda de seu fundador. “Neste momento de grande tristeza, nos colocamos em oração por sua família, amigos e toda a igreja que foi tão abençoada por seu ministério, deixando um legado que jamais será esquecido”, dizia a nota.

Rina era conhecido por seu estilo descontraído e pela linguagem acessível, que conquistaram milhares de jovens ao longo dos anos. A Bola de Neve nasceu em 1999, com uma abordagem inovadora para a época. Em vez de templos tradicionais, os cultos aconteciam em galpões ou espaços mais informais, onde surfe, skate e música eram frequentemente integrados à prática religiosa. A igreja logo cresceu, alcançando outras cidades brasileiras e até países como os Estados Unidos.

A história de uma visão

O apóstolo Rina começou sua trajetória ministerial como líder de jovens em outra denominação evangélica. No entanto, com o desejo de criar um ambiente que dialogasse diretamente com a cultura jovem, fundou a Bola de Neve. Seu nome peculiar surgiu da ideia de que, assim como uma bola de neve rolando pela montanha, a igreja cresceria naturalmente, envolvendo mais pessoas no processo.

Seu estilo carismático e sua capacidade de se conectar com os jovens fizeram da Bola de Neve uma referência. As pranchas de surfe no altar e os louvores que misturavam rock e reggae se tornaram marcas registradas do ministério. Mais do que isso, a igreja também ficou conhecida por projetos sociais, como o apoio a dependentes químicos e o cuidado com pessoas em situação de vulnerabilidade.

Um impacto que vai além da perda

A morte do apóstolo Rina deixa um vazio para os membros da igreja e para o cenário evangélico como um todo. Líderes de outras denominações também se manifestaram, destacando a importância de seu trabalho. “O apóstolo Rina foi um exemplo de dedicação e fé, alguém que soube traduzir os ensinamentos bíblicos para uma geração que buscava sentido e propósito”, comentou um pastor próximo à família.

Nas redes sociais, fiéis compartilharam testemunhos emocionados sobre como a vida e o ministério de Rina impactaram suas jornadas de fé. “Ele acreditava em mim quando nem eu acreditava. Sempre me dizia que Deus tinha um propósito para minha vida. Hoje, sou uma nova pessoa graças ao que aprendi na Bola de Neve”, escreveu um seguidor.

Reflexão sobre a partida

Embora sua partida tenha sido repentina e trágica, o legado de Rina continua vivo por meio das vidas que ele impactou e da estrutura que construiu. A Bola de Neve, hoje com centenas de igrejas espalhadas pelo mundo, segue como um testemunho do que ele acreditava: uma fé que transforma e une pessoas.

Sua história não termina com sua morte, mas inspira aqueles que seguem sua visão. Em um mundo tão carente de conexões genuínas, o exemplo de Rina é um lembrete de que é possível inovar sem perder a essência e levar esperança mesmo nas circunstâncias mais difíceis.



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