O desaparecimento do fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, tem gerado grande apreensão entre familiares e amigos. Flávio está desaparecido desde o dia 26 de novembro, em Paris, França, após uma série de acontecimentos que levantaram muitas dúvidas.
Viagem para Paris e os Últimos Contatos
Flávio viajou para Paris no início de novembro, acompanhado de seu sócio Lucien Esteban, para fotografar um casamento. Os dois, que gerenciam a empresa de fotografia Toujours, com sede em Belo Horizonte (MG), chegaram à capital francesa no dia 1º de novembro. Lucien retornou ao Brasil no dia 8, conforme planejado, enquanto Flávio permaneceu em Paris.
O último contato de Flávio com amigos e familiares aconteceu no dia 26 de novembro, quando relatou ter caído no rio Sena durante uma caminhada noturna. Ele mencionou que havia sido levado ao Hospital Georges Pompidou para atendimento. Na mesma conversa, informou que precisaria prorrogar sua estadia por mais uma noite para resolver questões pendentes.
Flávio deveria ter retornado ao Brasil no próprio dia 26. Ele chegou a fazer o check-in eletrônico para o voo, mas nunca apareceu no aeroporto, o que gerou preocupação imediata.
Investigação e Esforços dos Amigos
A família de Flávio, que reside em Candeias (MG), tem contado com o apoio de amigos próximos para refazer os últimos passos do fotógrafo e colaborar com as autoridades. Entre eles, os brasileiros Rafael Basso e Pablo Araújo, além do francês Alex Gautier, têm desempenhado um papel essencial na busca por respostas.
Durante as investigações iniciais, o trio encontrou o celular de Flávio em um local inusitado: dentro de um vaso de plantas em um bistrô no 16º arrondissement, próximo ao rio Sena. Este é o mesmo trecho onde o fotógrafo relatou ter caído dias antes. Além disso, quando visitaram o apartamento onde ele estava hospedado, encontraram apenas uma luz acesa, mas o local estava vazio.
Os pertences pessoais de Flávio foram recolhidos com a ajuda da agência de aluguel do apartamento, enquanto seus amigos entregaram o celular bloqueado e outros itens às autoridades. Eles esperam que esses objetos possam trazer pistas importantes sobre o paradeiro do fotógrafo.
Movimentação nas Redes Sociais
As últimas postagens de Flávio no Instagram mostram registros de pontos turísticos icônicos de Paris, como a Pont Neuf e o Museu do Louvre. Ele também esteve em Amiens, uma cidade localizada a cerca de 160 km ao norte da capital, pouco antes de desaparecer. Essas postagens, publicadas na véspera de seu desaparecimento, mostram um Flávio aparentemente tranquilo e aproveitando a viagem.
A empresa Toujours, administrada por Flávio, também entrou na busca. Neste domingo (1º), uma publicação foi feita em suas redes sociais, pedindo informações e ajuda para encontrar o fotógrafo.
Esforços Diplomáticos e Falta de Respostas
O caso ganhou atenção do Itamaraty, que informou estar acompanhando de perto a situação. Em nota, o órgão declarou que está em contato com as autoridades francesas e oferecendo suporte consular à família. Apesar disso, até o momento, a polícia da França não divulgou informações detalhadas sobre a investigação, o que aumenta a angústia de quem espera por notícias.
Incertezas e Preocupação
A ausência de respostas concretas e a sequência de acontecimentos estranhos tornam o caso ainda mais intrigante. Como ressaltou Rafael Basso, amigo de Flávio: “Ele desaparece de um dia para outro, quando tudo estava organizado para voltar ao Brasil. Até meia-noite, estava falando com clientes.”
Além disso, o fato de o celular ter sido encontrado em um lugar tão improvável levanta ainda mais questões. Quem o deixou ali? Foi Flávio ou alguém mais?
O Que Vem a Seguir
Agora, as esperanças estão depositadas na abertura do celular e dos pertences de Flávio, além de uma investigação aprofundada pelas autoridades francesas. Enquanto isso, amigos e familiares seguem mobilizados, usando as redes sociais e outros meios para ampliar as buscas.
O desaparecimento de Flávio é um lembrete de que, mesmo em grandes metrópoles como Paris, incidentes misteriosos podem ocorrer. Para os que o conhecem, resta a esperança de que o fotógrafo seja encontrado são e salvo, trazendo respostas para essa história que ainda está cercada de incertezas.