Solange Almeida, a cantora que ficou famosa pelo seu talento no mundo do forró, já compartilhou com seus fãs e a mídia sobre os danos causados pelo uso de cigarros eletrônicos. Aos 50 anos, ela revelou que sofreu com as consequências desse vício, enfrentando problemas sérios nos pulmões e nas cordas vocais. Em uma entrevista, Solange contou como o uso exagerado do dispositivo causou lesões graves e afetou sua saúde de um jeito que ela nunca imaginou. E como qualquer pessoa que já passou por algo parecido, ela procurou ajuda para tratar os danos e voltar à sua rotina.
Em uma conversa com a CARAS Brasil, a pneumologista Maria Cecília Maiorano explicou o processo de tratamento de pessoas que, como Solange, acabam ficando dependentes dos cigarros eletrônicos. A doutora afirmou que o tratamento varia muito de pessoa para pessoa, porque depende do grau das lesões que o paciente sofreu. Para quem usou o cigarro eletrônico por muito tempo, como no caso de Solange, a recuperação não é simples e envolve várias etapas.
A primeira orientação, e a mais importante, é interromper de imediato o uso do cigarro eletrônico. Maria Cecília explicou que isso é essencial para evitar que o quadro piore. Quando o problema afeta as cordas vocais, pode ser necessário um trabalho mais intenso, como sessões de fonoterapia, uso de medicamentos ou até mesmo cirurgias em casos bem mais graves.
No caso de quem tem danos pulmonares, o tratamento também é bem específico. Pode envolver o uso de medicamentos antiinflamatórios, como corticoides, que ajudam a diminuir a inflamação nos pulmões. Se o dano for muito severo, a pessoa pode precisar de oxigênio para conseguir respirar melhor, já que o pulmão fica incapaz de realizar a troca gasosa de forma adequada. E, em situações extremas, a ventilação mecânica pode ser necessária. Além disso, a fisioterapia pulmonar também é uma grande aliada para quem está tentando se recuperar desses problemas.
Solange, em outra entrevista, no programa Domingo Espetacular, da RecordTV, comentou um pouco sobre a sua experiência com os cigarros eletrônicos. Ela contou que, no começo, achava que o dispositivo era uma alternativa mais segura, já que acreditava que ele era só à base de água. Mas, com o tempo, começou a perceber que algo estava errado. A dificuldade para respirar e as mudanças na voz a fizeram procurar ajuda. A cantora, que chegou a consumir até 15 cigarros eletrônicos por mês, sentiu de perto o quanto esse vício pode ser prejudicial, especialmente para quem depende da voz para trabalhar.
Ela, então, começou um tratamento especializado para tentar reverter os danos causados. A artista mencionou que precisou do auxílio de um fonoaudiólogo para recuperar a saúde das suas cordas vocais e também buscou terapia para lidar com os aspectos emocionais do vício. Solange não escondeu que foi um processo doloroso, mas muito necessário. “Eu achava que estava fazendo algo melhor para minha saúde, mas a verdade é que só estava piorando tudo”, revelou ela, com sinceridade.
O que fica claro com a experiência de Solange Almeida é que, muitas vezes, a gente se engana achando que algo aparentemente inofensivo, como o cigarro eletrônico, não vai causar mal. Porém, os danos podem ser sérios e duradouros. Quem está pensando em usar ou já usa esses dispositivos deve ficar atento e, se necessário, buscar ajuda para evitar problemas mais graves no futuro. A recuperação pode ser longa e difícil, mas, como a própria cantora demonstrou, é possível voltar à vida normal com o tratamento adequado e a conscientização de que a saúde sempre deve vir em primeiro lugar.