O desaparecimento e a morte de Mateus Bernardo Valim, de apenas 10 anos, deixaram a cidade de Assis, no interior de São Paulo, e todo o país perplexos. O crime, brutal e inexplicável, foi confessado por Luis Fernando Silla de Almeida, de 46 anos, um vizinho que tinha a confiança da família.
A relação de confiança com a vítima
Mateus desapareceu no dia 11 de dezembro, depois de sair de casa para andar de bicicleta, como fazia frequentemente. Luis Fernando, amigo próximo da família, era conhecido por ajudar as crianças da região, muitas vezes consertando bicicletas. Essa proximidade fez com que ele fosse visto como uma figura confiável pela comunidade.
“Ele parecia ser um bom homem, sempre disposto a ajudar. Nunca imaginaríamos que algo assim pudesse acontecer”, relatou um vizinho em entrevista à imprensa local.
No entanto, segundo o delegado Tiago Bergamo, responsável pelo caso, Luis Fernando usava essa relação de confiança para encobrir suas intenções sombrias. “Ele demonstrava ser uma pessoa amigável, mas por trás disso havia algo muito perturbador. Ele alegou que ouvia vozes e sentia inveja da felicidade das crianças”, afirmou o delegado.
O desaparecimento e a investigação
As buscas começaram logo após o desaparecimento de Mateus. Câmeras de segurança registraram o menino pedalando sozinho, e, dias depois, novas imagens mostraram ele acompanhado de Luis Fernando em uma área próxima ao local do crime.
O corpo da criança foi encontrado a apenas um quilômetro de onde foi vista pela última vez. Cães farejadores ajudaram na localização. No início, Luis foi ouvido pela polícia como testemunha, mas acabou sendo liberado. Após a descoberta do corpo e a análise das imagens, ele entrou em contradição durante novos depoimentos e foi preso em sua casa.
A confissão e os detalhes do crime
Em depoimento, Luis Fernando admitiu ter cometido o crime. Ele relatou que convidou Mateus para ir até o rio, onde, segundo ele, começaram a discutir. A discussão escalou para agressões físicas, com os dois atirando pedras um no outro. Luis atingiu o menino com uma pedra, o que causou a morte da criança.
Após perceber que Mateus estava sem vida, Luis retornou à sua casa, pegou uma serra e desmembrou o corpo. A intenção, de acordo com ele, era dificultar a identificação da vítima.
Animais mortos e mais mistérios
Durante as buscas na casa do suspeito, a polícia encontrou animais mortos em condições que o delegado classificou como “estranhas”. Apesar disso, nenhuma evidência concreta aponta para rituais ou práticas satânicas até o momento. “Ainda é cedo para confirmar qualquer ligação entre o que encontramos na casa e o crime. As investigações estão em andamento”, explicou Tiago Bergamo.
Comoção e indignação na cidade
A morte de Mateus deixou a comunidade em choque. Era comum ver moradores mobilizados para ajudar nas buscas enquanto o menino ainda estava desaparecido. Agora, a cidade vive um luto coletivo e pede justiça.
“Ele era um menino alegre, cheio de energia. É uma perda irreparável para todos nós”, disse uma professora da escola onde Mateus estudava.
O que acontece agora?
Luis Fernando está preso, e a polícia segue com as investigações. O Instituto Médico Legal (IML) deve concluir os laudos sobre as lesões sofridas por Mateus, o que pode trazer mais clareza sobre as circunstâncias do crime.
O delegado garantiu que todos os esforços estão sendo feitos para esclarecer os detalhes do caso. “É uma tragédia que deixou marcas profundas em todos nós. Vamos trabalhar para que a justiça seja feita”, concluiu.
Esse caso é um lembrete doloroso da necessidade de proteção às crianças e de atenção redobrada àqueles que as cercam.