Na madrugada dessa sexta-feira, dia 20, dois homens, que eram considerados suspeitos no caso da morte do ex-ator mirim João Rebello, foram mortos em um confronto com a Polícia Militar da Bahia. O tiroteio aconteceu no bairro Alto do Vilas, em Arraial d’Ajuda, quase dois meses depois do assassinato de João, que era sobrinho do famoso diretor Jorge Fernando. A Polícia Militar identificou os suspeitos como Anderson Nascimento Sena, o “Danda”, e um homem conhecido como “Kuririn”.
A abordagem e o confronto com a polícia
Tudo aconteceu durante uma patrulha de rotina da PM. O grupo armado, formado por esses suspeitos, acabou atirando contra os policiais. Parte do bando conseguiu fugir, mas Danda e Kuririn não tiveram a mesma sorte e acabaram baleados no tiroteio, vindo a morrer no local. A polícia informou que Kuririn, que era apontado como um dos líderes de uma facção criminosa, estava envolvido diretamente no assassinato de João Rebello, mesmo que, no começo das investigações, ele não fosse um dos primeiros nomes citados.
No local do confronto, a polícia encontrou várias armas, incluindo uma carabina e duas pistolas. Além disso, drogas como cocaína, crack e maconha estavam entre os objetos apreendidos. Todo o material foi levado para análise, para ajudar nas investigações. Outro suspeito do crime, Wallace Santos Oliveira, mais conhecido como “WL”, havia se entregado à polícia em novembro, mas Felipe Souza Bruno, o “Zingue”, ainda está foragido e a polícia segue atrás dele.
O caso de João Rebello: Um erro fatal
João Rebello, que era DJ e havia sido ator mirim, foi morto no dia 24 de outubro, em Trancoso, Porto Seguro. Ele foi baleado dentro de seu próprio carro. A mãe dele, Maria Rebello, tem se manifestado nas redes sociais e garante que o filho foi vítima de uma execução errada, que aconteceu porque o veículo de João foi confundido com o de outra pessoa. “Meu filho não tinha envolvimento com nada errado. Foi morto por engano”, disse Maria, visivelmente abalada e revoltada. A Polícia Civil, por sua vez, corroborou essa versão da mãe e descartou qualquer tipo de envolvimento de João com atividades criminosas.
É importante lembrar que o caso gerou bastante repercussão, principalmente porque João não tinha histórico de envolvimento com a criminalidade, algo que foi confirmado pela própria polícia. A família acredita que ele tenha sido confundido com alguém do mundo do crime, e esse erro acabou custando sua vida.
Esse tipo de tragédia, em que uma pessoa inocente é assassinada por engano, é algo que infelizmente ainda acontece com certa frequência em várias partes do Brasil. O que deixa ainda mais triste e revoltante é a dor de quem fica, sem entender o motivo de uma perda tão brutal.
E agora, o que acontece?
Com o avanço das investigações, mais detalhes começam a surgir. A polícia segue em busca de outros envolvidos e tenta, a todo custo, encontrar o foragido “Zingue”. No entanto, as perguntas continuam. Será que essas mortes de suspeitos realmente vão trazer alguma paz para a família de João Rebello? E será que a justiça vai ser feita de forma plena, ou o caso vai acabar se perdendo no meio da violência e da impunidade, como tantos outros?
Fica a esperança de que, um dia, crimes como esse não precisem mais ser motivo de sofrimento e angústia para tantas famílias. E quem sabe, algum dia, as pessoas possam viver em um mundo onde não precisem temer pela própria vida, só por estarem no lugar errado na hora errada.