O motorista de caminhão suspeito de ter causado o trágico acidente na BR-116, em Minas Gerais, se entregou à polícia no começo da tarde desta segunda-feira (23), em Teófilo Otoni. O acidente aconteceu na madrugada do último sábado (21), e, infelizmente, deixou pelo menos 41 pessoas mortas, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). O motorista, que é do Espírito Santo, se apresentou na delegacia do bairro São Diogo, acompanhado de advogados. Até agora, a identidade dele não foi revelada.
A história desse motorista está bem enrolada. Depois do acidente, ele fugiu do local e ficou sumido por um tempo, sendo considerado foragido. Ele tinha a carteira de habilitação apreendida desde 2022, quando foi flagrado em uma blitz de lei seca em Mantena, lá no Vale do Rio Doce. Na ocasião, o motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro, o que fez com que ele perdesse a permissão para dirigir. Ou seja, ele já estava irregular quando aconteceu esse desastre.
A investigação da Polícia Civil está tentando entender exatamente o que causou o acidente. Eles estão com uma linha de investigação que aponta para uma pedra de granito que teria se soltado do caminhão. Segundo as notas fiscais, a carga saiu do Ceará e estava a caminho do Espírito Santo. A suspeita é de que o caminhão estava com excesso de peso, o que pode ter contribuído para o problema. A PCMG acredita que isso tenha sido responsabilidade do próprio motorista, já que ele estava no controle da carga.
Porém, nem todo mundo concorda com essa versão. As vítimas que estavam no veículo envolvido no acidente têm outra história. De acordo com os sobreviventes, o ônibus estava se aproximando de uma baixada quando estourou o pneu traseiro e, com isso, acabou avançando para a contramão. Isso teria gerado a colisão fatal. Ou seja, tem muita coisa ainda sendo investigada, e as versões divergem bastante.
Esse caso é muito grave e levanta várias questões sobre a segurança nas estradas e a fiscalização dos motoristas. Como é que um motorista com a habilitação cassada consegue continuar dirigindo, principalmente em uma estrada tão movimentada como a BR-116? E como a fiscalização não pegou o excesso de peso no caminhão? Além disso, a situação do próprio veículo, com a carga que aparentemente não estava em conformidade, é algo que precisa ser melhor apurado.
Eu fico pensando nas famílias que perderam entes queridos nesse acidente. 41 pessoas, é muita gente! E como fica a vida dos sobreviventes? Não só os feridos, mas aqueles que perderam amigos, parentes… O impacto disso é enorme, e as pessoas envolvidas nesse acidente vão carregar isso por muito tempo. A investigação vai dar respostas, mas o que foi perdido não tem volta.
Esse tipo de acidente é sempre um alerta. A gente fica se perguntando se não poderíamos ter feito algo para evitar. O excesso de peso, a irresponsabilidade de um motorista que já não tinha mais autorização para dirigir, a falha mecânica no ônibus… Tudo isso pode ser evitado se houver mais fiscalização e cuidado. A vida das pessoas vale muito mais que qualquer erro cometido. E quem comete esses erros precisa ser responsabilizado de forma justa.
