Uma tragédia marcou o último domingo (29) em Bangkok, capital da Tailândia. Carolina Canales, uma jovem médica brasileira de apenas 24 anos, perdeu a vida durante um incêndio no hotel The Ember, onde estava hospedada. Ela havia viajado para o país asiático para curtir férias com o noivo, Fernando Ressurreição, de 26 anos, estudante de medicina. O casal celebrava o recente noivado, oficializado há apenas seis dias.
Fernando conseguiu escapar das chamas ao pular de uma janela, mas sofreu uma fratura na perna. Ele está internado em estado de choque, enquanto os pais de Carolina embarcam para a Tailândia para tratar dos trâmites necessários e buscar o corpo da filha.
O que aconteceu no hotel
O incêndio começou por volta das 21h20 no horário local, no quinto andar do The Ember, um edifício de seis andares. Uma densa fumaça rapidamente tomou conta do local, dificultando o trabalho de resgate e deixando muitos hóspedes sem alternativas de fuga.
De acordo com o jornal local Thairath, 47 pessoas foram resgatadas pelos bombeiros: 40 estavam dentro do prédio e sete foram retiradas do terraço. Infelizmente, Carolina foi uma das três vítimas fatais do incidente, junto com um americano e um ucraniano. Outras sete pessoas permanecem hospitalizadas, enquanto o hotel foi temporariamente fechado pelo governador de Bangkok, Chadchart Sittipunt.
“O fogo foi contido rapidamente pelos bombeiros, mas a grande quantidade de fumaça representou um enorme desafio. Precisamos reforçar as medidas de segurança para restaurar a confiança dos turistas, especialmente com as celebrações de Ano Novo se aproximando”, afirmou o governador.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram cenas dramáticas, com bombeiros utilizando escadas para resgatar hóspedes que estavam presos nos andares superiores. A diretora do hotel, Sukanya Pipattanasuk, informou à imprensa que a maioria dos quartos estava ocupada por estrangeiros, o que reflete o impacto global da tragédia.
Carolina: uma vida interrompida
Carolina era natural de Palmeira dos Índios, no interior de Alagoas, e vinha de uma família dedicada à medicina. Ela era filha da médica Lara Daniela Canales e neta da também médica Helenilda Canales, ambas muito conhecidas na região.
A notícia de sua morte abalou profundamente a comunidade local. O Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed-AL) emitiu uma nota lamentando a perda e esclareceu que Carolina faleceu por inalação de fumaça. “Ela era uma jovem promissora, cheia de sonhos e planos para o futuro. Sua partida deixa uma lacuna irreparável em nossa sociedade”, dizia o comunicado.
O Governo de Alagoas também prestou solidariedade à família nas redes sociais e garantiu que está acompanhando o caso de perto, em contato com a embaixada brasileira para oferecer apoio. “Carolina era uma jovem cheia de vida e sonhos. Sua partida precoce deixa todos os alagoanos profundamente consternados. Desejamos força e serenidade para que os familiares enfrentem esta irreparável perda”, declarou o governo em nota oficial.
Impacto nas celebrações de fim de ano
O incêndio ocorre em um momento delicado para Bangkok, que se prepara para as celebrações do Ano Novo, tradicionalmente um período de alta movimentação turística. Autoridades locais já estão trabalhando para apurar as causas do incêndio e prevenir novos acidentes.
Além disso, o episódio chama atenção para a segurança em hotéis e prédios turísticos na Tailândia, país que recebe milhões de visitantes todos os anos. A tragédia destaca a necessidade de reforçar inspeções e protocolos de emergência, especialmente em um contexto onde a recuperação do turismo pós-pandemia ainda é frágil.
Uma perda irreparável
A história de Carolina e Fernando, que deveria ser marcada por amor e novos começos, terminou em uma tragédia que comoveu o Brasil e o mundo. Enquanto familiares e amigos lidam com o luto, a comunidade médica de Alagoas se une para homenagear a jovem e dar suporte aos que ficaram.
A memória de Carolina continuará viva como exemplo de determinação e paixão pela vida. Sua partida precoce serve como um doloroso lembrete da importância de se garantir segurança em todos os aspectos da experiência turística, para que outras famílias não precisem enfrentar perdas tão devastadoras.
