A família de Flávio de Castro Sousa, fotógrafo mineiro desaparecido em novembro em Paris, confirmou recentemente que o celular encontrado dentro de um vaso de plantas em um restaurante foi deixado por ele mesmo. A informação foi compartilhada por Carolina Castro, prima de Flávio, em um vídeo nas redes sociais, onde ela explicou os desdobramentos das investigações conduzidas pela polícia francesa.
O mistério do celular no restaurante
Carolina relatou que, após analisar as imagens das câmeras de segurança, as autoridades confirmaram que o próprio Flávio depositou o aparelho no local. “Eles revisaram as gravações do restaurante onde o celular foi encontrado e viram que foi ele mesmo quem colocou o aparelho lá”, contou. Essa revelação trouxe um elemento intrigante ao caso, já que o motivo para Flávio ter deixado o celular no vaso permanece desconhecido.
Após abandonar o telefone, Flávio seguiu em direção a uma das margens do Rio Sena. As câmeras de monitoramento urbano captaram sua presença por um tempo, mas o mistério se aprofundou quando, em uma das rotações de 360 graus da câmera, ele desapareceu do campo de visão. “Não sabemos quanto tempo a câmera levou para girar, mas, quando voltou ao local, ele já não estava mais lá”, disse Carolina.
Últimos passos documentados
A família recebeu informações de que a polícia analisou outras câmeras próximas, mas não encontrou registros de Flávio caminhando ou mudando de direção. O desaparecimento, no entanto, ainda não permite conclusões. “Não temos uma certeza, apenas sabemos que ele estava ali e depois não foi mais visto”, declarou Carolina, demonstrando a angústia que o caso tem causado.
O sumiço ocorreu no dia 26 de novembro, poucos dias após Flávio ter concluído um trabalho na capital francesa. Ele havia estendido sua estadia para aproveitar as férias. Em mensagens trocadas com o amigo francês Alexandre Callet, estudante de moda, Flávio relatou que havia caído na Ilha dos Cisnes, no meio do Rio Sena, e aguardou por horas até ser resgatado pelos bombeiros. Ele foi levado ao hospital com suspeita de hipotermia, mas liberado pouco tempo depois.
Após o resgate, Flávio conseguiu negociar um novo imóvel com a imobiliária onde estava hospedado. Seu último contato foi feito ao chegar no novo apartamento, quando disse que colocaria as roupas molhadas para lavar. Desde então, não se teve mais notícias.
O apoio dos amigos e as buscas
Preocupado com o desaparecimento, Alexandre procurou dois amigos de Flávio: Lucien, sócio dele no Brasil, e Rafael, que mora em Paris. Juntos, eles buscaram apoio no Consulado Brasileiro e foram orientados a preservar itens pessoais de Flávio, como notebook e celular, que poderiam conter pistas importantes. A polícia francesa, no dia 9 de dezembro, reforçou a necessidade de manter esses objetos disponíveis para análise, incluindo possíveis traços de DNA.
A angústia da família
Para a família, o desaparecimento de Flávio é um mistério doloroso. Carolina ressaltou que a mãe de Flávio tem recebido as informações diretamente da polícia francesa e as repassado aos parentes. Apesar da incerteza, a esperança de encontrar Flávio com vida permanece viva. “Estamos apreensivos, mas não perdemos a fé. Agora, o que podemos fazer é esperar e torcer para que as autoridades consigam descobrir o paradeiro dele”, afirmou Carolina.
O caso gerou repercussão internacional, com reportagens detalhadas, incluindo uma exibida no programa Fantástico, no dia 8 de dezembro. A cobertura destacou os últimos momentos conhecidos de Flávio e trouxe à tona a complexidade do desaparecimento em uma cidade tão movimentada como Paris.
Um caso cercado de perguntas
Enquanto a polícia continua as diligências, as razões para os últimos passos de Flávio ainda são desconhecidas. Por que ele deixou o celular em um vaso de plantas? O que teria acontecido na margem do Sena? São questões que seguem sem resposta, aumentando o mistério e a preocupação.
A história de Flávio é um alerta para a fragilidade das pessoas em situações inesperadas no exterior. A família, com o apoio de amigos e das autoridades, segue aguardando por um desfecho que traga alívio e respostas. Até lá, resta a torcida e a esperança de que ele seja encontrado em segurança.