Uma tragédia abalou o bairro Alto da Terezinha, em Salvador, na manhã desta quarta-feira (1º). Uma menina de apenas 6 anos foi atingida por um tiro no rosto enquanto dormia em sua casa, localizada na Travessa Nossa Senhora de Lourdes. O caso, que chocou moradores da região, está sendo investigado como tentativa de homicídio pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente.
Como o incidente aconteceu
Segundo informações divulgadas pelas polícias Civil e Militar, o disparo teria atravessado o telhado e o forro do quarto onde a criança estava. O projétil atingiu a parte superior do rosto da menina, enquanto ela dormia, o que torna o caso ainda mais difícil de compreender. Curiosamente, ninguém no local ouviu o som do disparo, o que levantou questionamentos sobre as circunstâncias do incidente.
Os pais da menina só perceberam o ferimento ao acordar e encontrarem a filha com sangue no rosto. Desesperados, buscaram socorro imediato. Ela foi levada para um hospital próximo, onde recebeu os primeiros atendimentos, e depois transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Subúrbio. Lá, passou por uma cirurgia de emergência. Até o momento, não há atualizações detalhadas sobre seu estado de saúde.
Investigações em andamento
A polícia já iniciou diligências para esclarecer o caso e ouvir testemunhas. Na tarde do mesmo dia, o pai da criança prestou depoimento. De acordo com a Polícia Civil, os agentes estão trabalhando para identificar a origem do disparo e entender se o projétil veio de uma arma disparada de longe ou se há outras motivações por trás do incidente.
A ausência de relatos sobre tiros na região no momento do ocorrido deixou os investigadores ainda mais intrigados. Especialistas acreditam que o disparo pode ter sido acidental, mas não descartam outras hipóteses, como uma tentativa de intimidação ou um ataque direcionado.
Insegurança na comunidade
O bairro Alto da Terezinha, onde ocorreu o episódio, é conhecido por ser uma área densamente habitada, com casas próximas umas das outras e pouco planejamento urbano. Apesar disso, casos como este são raros na localidade, o que aumentou a sensação de insegurança entre os moradores.
“É muito triste saber que algo assim pode acontecer enquanto a gente está em casa, achando que está seguro. Essa menina é só uma criança, e agora estamos todos com medo”, comentou um vizinho, que preferiu não se identificar.
Moradores afirmam que, apesar de o bairro ter problemas com violência, tiros não são comuns na região, principalmente em horários como o da manhã. A Polícia Militar reforçou o patrulhamento na área, enquanto as investigações prosseguem.
Repercussão e solidariedade
A notícia do incidente gerou grande comoção nas redes sociais. Mensagens de solidariedade à família e pedidos por justiça dominaram grupos locais. “Essa família precisa de todo o apoio possível agora. Que as autoridades não deixem esse caso sem solução”, escreveu uma internauta.
Além disso, o caso reacendeu debates sobre o uso irresponsável de armas de fogo e a necessidade de políticas mais rigorosas para evitar que tragédias como esta aconteçam. Especialistas em segurança pública apontam que situações envolvendo balas perdidas têm aumentado em regiões urbanas do Brasil, evidenciando uma crise de violência estrutural.
O que vem a seguir?
A prioridade, neste momento, é garantir a recuperação da menina. Os médicos responsáveis por seu caso estão monitorando seu quadro de saúde e não divulgaram previsões para sua alta. Enquanto isso, as investigações continuam, e a polícia segue buscando respostas sobre quem pode ter disparado a arma e por quê.
A família, abalada pelo ocorrido, tem contado com o apoio de amigos e vizinhos, mas enfrenta a difícil espera por esclarecimentos. O caso levanta uma questão que assombra muitos brasileiros: até que ponto estamos realmente seguros dentro de nossas próprias casas?
Com as investigações em andamento e a comunidade mobilizada, a esperança é de que o responsável seja identificado e responsabilizado. Afinal, ninguém deveria ter que enfrentar a dor de ver uma criança inocente ser vítima de uma violência tão absurda.