Carro é atingido por hélice de helicóptero que caiu perto do Beto Carrero World

Um helicóptero caiu na tarde do último sábado (4) nas proximidades da rodovia SC-414, em Penha, Santa Catarina, e parte de sua hélice foi arremessada a cerca de 500 metros, atingindo um carro estacionado. O veículo, um Chevrolet Captiva, estava vazio no momento do impacto, o que evitou uma tragédia ainda maior.

O acidente ocorreu próximo ao Parque Beto Carrero World, um dos destinos turísticos mais movimentados do estado, especialmente durante a temporada de verão. A aeronave realizava um voo panorâmico, uma atividade bastante popular na região, e transportava cinco pessoas: o piloto e quatro passageiros, todos da mesma família.

O acidente e os feridos

De acordo com informações preliminares, o helicóptero caiu de uma altura de aproximadamente quatro metros, em um terreno aberto. O incidente deixou um idoso, com cerca de 80 anos, ferido. Ele foi encaminhado ao hospital com suspeita de traumatismo craniano e permanece sob observação.

Imagens divulgadas pelo Corpo de Bombeiros mostram a aeronave em condições extremamente danificadas, com destroços espalhados pelo local. A cena chamou a atenção de moradores e turistas que passavam pela região, gerando grande comoção.

Detalhes intrigantes do acidente

Uma peça da hélice, que se soltou no momento da queda, foi lançada a longa distância e atingiu o carro de um morador local. A Força Aérea Brasileira (FAB) orientou o proprietário do veículo a não movê-lo, para que os peritos possam realizar as análises necessárias.

A aeronave acidentada, um modelo fabricado em 1980 pela Bell Helicopter, tinha autorização para operar como táxi aéreo. Apesar disso, a investigação sobre as causas do acidente ainda está em fase inicial, conduzida pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA V) e pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Como funciona a investigação?

De acordo com a FAB, a investigação de acidentes aeronáuticos segue um protocolo rigoroso. Técnicas específicas são utilizadas para coletar informações e preservar elementos que possam ser úteis na análise das causas. O objetivo é identificar falhas, sejam elas humanas, mecânicas ou externas, para prevenir novos incidentes.

Na primeira etapa, chamada de “Ação Inicial”, os investigadores examinam os danos causados à aeronave e ao entorno, analisam componentes que possam ter falhado e coletam depoimentos de testemunhas. Esse processo pode levar meses, dependendo da complexidade do caso.

Contexto e reflexões

Acidentes envolvendo helicópteros são raros, mas não impossíveis, e geram questionamentos sobre segurança e manutenção das aeronaves. No caso específico de voos panorâmicos, há uma demanda crescente por esse tipo de passeio, especialmente em regiões turísticas. Porém, essa popularidade também exige um controle rigoroso por parte das autoridades para garantir a segurança dos passageiros.

A proximidade do acidente com o Parque Beto Carrero World, que atrai milhares de visitantes diariamente, trouxe ainda mais atenção ao caso. Muitos turistas que estavam no parque relataram o susto ao ouvir o barulho da queda. “Estávamos na fila de um brinquedo quando ouvimos um estrondo. Foi assustador”, contou uma turista que visitava o local com a família.

Um desfecho ainda em aberto

Enquanto as investigações seguem, o acidente levanta debates sobre a regulamentação de voos turísticos e a manutenção de aeronaves mais antigas, como o helicóptero envolvido, fabricado há mais de 40 anos. A tragédia poderia ter sido ainda mais grave, mas felizmente não houve vítimas fatais.

Por enquanto, resta aguardar os resultados da perícia e das análises técnicas para entender o que levou a aeronave a cair e se algo poderia ter sido feito para evitar o acidente. Em paralelo, fica o alerta para que operadores de voos turísticos e táxis aéreos reforcem seus protocolos de segurança, garantindo que situações como essa não se repitam.