Bolsonaro massacra Lula por novas regras no PIX: “covardia com os mais pobres”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais, nesta segunda-feira, 13 de janeiro, para comentar as novas regras implementadas pela Receita Federal. Essas regras vão fazer com que transações via PIX acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas sejam monitoradas, o que gerou grande polêmica, principalmente entre seus seguidores.

Em um post no X (antigo Twitter), Bolsonaro não poupou críticas ao presidente Lula, chamando-o, de forma indireta, de “covarde” e alegando que a medida iria prejudicar os mais pobres. “A gente criou o PIX lá em novembro de 2020 com o objetivo de facilitar a vida de todo mundo, principalmente dos mais humildes que nem conta bancária tinham”, começou o ex-presidente, lembrando como a ferramenta foi pensada para ser algo acessível.

Depois, ele questionou a mudança das regras: “Agora, vendo que o PIX movimenta mais de R$ 100 bilhões por dia, o Lula manda a Receita Federal encontrar uma forma de pegar um pedaço desse dinheiro. E foi aí que decidiram que quem movimenta mais de R$ 5.000 por mês vai ser monitorado e pode ser multado ou até tributado”, afirmou Bolsonaro. Segundo ele, isso afetaria uma série de profissionais autônomos, como camelôs, cabeleireiras, jardineiros, taxistas e até palhaços de festa. Ele também citou vendedores de pipoca e pessoas que ajudam familiares com dinheiro, dizendo que todos estariam sujeitos a essa fiscalização e, possivelmente, a pagar impostos.

Bolsonaro também fez questão de ressaltar que, durante seu governo, não havia esse tipo de política. “Comigo isso não existiria. A gente tinha a política de reduzir ou até zerar impostos em várias áreas, como combustíveis, energia elétrica, pneus de caminhão, peças de tratores, e até alimentos, por exemplo”, disse ele, enfatizando que sua gestão buscava aliviar o peso do imposto para os cidadãos.

Ainda em sua postagem, Bolsonaro fez uma promessa para tentar reverter essa situação: “Eu e os deputados e senadores do PL, junto com outros partidos, vamos lutar para derrubar essa Instrução Normativa da Receita Federal que é totalmente desumana e vai afetar os brasileiros”, afirmou, deixando claro que, para ele, as novas regras eram um erro que precisava ser corrigido.

Vale lembrar que a Receita Federal já monitorava transações bancárias desde 2003, quando o limite era de R$ 2 mil para pessoas físicas. Com as novas regras, esse valor foi aumentado para R$ 5 mil. A medida gerou bastante discussão, já que muitos acreditam que ela pode afetar principalmente a classe trabalhadora e as pessoas que dependem de pequenos negócios, como autônomos e comerciantes.

Essa mudança pode ser vista como um esforço do governo para aumentar a arrecadação, mas também levanta uma série de questionamentos sobre a forma como o governo deve lidar com a fiscalização de transações financeiras. Afinal, a ideia de monitorar transações de valores menores pode ser vista por muitos como um abuso de poder, enquanto outros argumentam que é uma forma de combater a sonegação fiscal e garantir que todos paguem os impostos que devem.

A discussão está apenas começando e, sem dúvida, continuará a ser um tema polêmico nos próximos dias. Enquanto isso, muitos seguem atentos às movimentações do governo e à reação das autoridades fiscais. O tempo dirá se essa medida será mantida ou se sofrerá alterações, mas a polêmica, sem dúvida, está instalada.



Recomendamos