Um acidente raro e extremamente lamentável marcou o pouso de um voo da Latam em São José do Rio Preto, no último domingo (19). O caso, que rapidamente ganhou destaque nos noticiários, envolveu um passageiro idoso, Marco Antonio D’Amico, de 67 anos, que caiu de uma escada utilizada para o desembarque e acabou falecendo. O incidente aconteceu por volta das 18h30, logo após a chegada do voo 3082, vindo de Congonhas, São Paulo.
De acordo com o boletim de ocorrência, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado às pressas para atender a emergência na pista do aeroporto. Quando os socorristas chegaram, o passageiro já apresentava sinais de parada cardiorrespiratória. Mesmo após várias tentativas de reanimação, D’Amico não resistiu e veio a óbito ainda no local.
O que pode ter acontecido?
Até o momento, não há informações concretas sobre o que causou a queda. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de São José do Rio Preto para realização de exames necroscópicos, que devem esclarecer se o idoso sofreu um mal súbito antes de cair ou se a queda em si foi responsável pela tragédia.
A escada envolvida no acidente é uma daquelas estruturas móveis que são acopladas às aeronaves para facilitar o desembarque, especialmente em aeroportos menores ou com menor infraestrutura. Há relatos de passageiros que consideram esse tipo de equipamento menos seguro, especialmente para pessoas com mobilidade reduzida.
Pronunciamentos oficiais
Tanto a Latam quanto a ASP (Concessionária Aeroportos Paulistas), responsável pela administração do aeroporto, emitiram notas lamentando o ocorrido. No entanto, as declarações não trouxeram detalhes sobre o que de fato aconteceu durante o desembarque.
A Latam informou que está prestando apoio à família de Marco Antonio D’Amico, mas o tom das mensagens oficiais gerou críticas nas redes sociais. Muitos cobraram mais clareza sobre as condições da escada e se houve falha no procedimento de segurança.
Questões de segurança em aeroportos menores
Esse incidente reacendeu o debate sobre a segurança nos aeroportos regionais e no uso de equipamentos móveis para embarque e desembarque. Apesar de serem comuns em aeroportos menores ou em voos operados por aeronaves menores, essas escadas podem representar um risco maior para passageiros idosos ou com dificuldade de locomoção.
Nos últimos anos, a modernização de aeroportos tem sido discutida no Brasil, mas muitos ainda enfrentam limitações de infraestrutura. Enquanto aeroportos de grande porte, como Guarulhos e Galeão, contam com fingers (pontes telescópicas que conectam o avião diretamente ao terminal), outros dependem de alternativas mais simples, como escadas móveis e ônibus para o transporte de passageiros.
O acidente também chama atenção para a importância de treinamento adequado das equipes responsáveis pelo embarque e desembarque. No caso de passageiros idosos ou com necessidades especiais, é fundamental garantir suporte extra para evitar situações de risco.
Reflexões
O caso de Marco Antonio D’Amico é um alerta para companhias aéreas e administradores aeroportuários sobre a necessidade de revisar protocolos e condições de acessibilidade, especialmente em aeroportos menores. Embora acidentes como este sejam extremamente raros, cada episódio deve ser analisado com seriedade para evitar que situações semelhantes voltem a acontecer.
Por enquanto, resta aguardar os resultados do laudo do IML para compreender o que realmente ocorreu naquele final de tarde em São José do Rio Preto. A família de D’Amico vive um momento de dor imensurável, enquanto a sociedade discute como garantir que tragédias assim não se repitam.