Menina de 13 anos desaparece e polícia se choca com descoberta: ‘Cruel e perturbador’

Na última sexta-feira (17), o desaparecimento de Ka’Niyah Baker, uma jovem de apenas 13 anos, terminou de forma trágica e brutal na Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Após ser vista pela última vez a cerca de 30 km de distância do local onde foi encontrada, a adolescente foi localizada sem vida em uma casa abandonada e em chamas. O caso chocou a comunidade e chamou a atenção para questões graves, como a violência juvenil e a falta de suporte para jovens em situações de risco.

O desenrolar da investigação

Tudo começou com o desaparecimento de Ka’Niyah, que mobilizou as autoridades locais e familiares. No entanto, a investigação tomou um rumo sombrio quando testemunhas relataram uma fumaça intensa saindo de uma propriedade vazia. Os bombeiros foram acionados e, ao conterem as chamas, encontraram o corpo de uma jovem com sinais de espancamento, facadas e queimaduras graves.

A vítima estava sem documentos, e sua identidade só foi confirmada no dia seguinte. A chefe legista, Naida Rutherford, explicou que, mesmo diante das evidências, havia uma esperança de que o corpo não fosse de Ka’Niyah. “Era na esperança de que ela ainda estivesse viva e que não fosse ela”, disse Rutherford.

Um crime hediondo

O chefe de polícia de Columbia, W. H. “Skip” Holbrook, descreveu o crime em termos que traduzem a gravidade da situação: “Brutal. Hediondo. Cruel. Horrível. Monstruoso e perturbador.” Segundo Holbrook, Ka’Niyah sofreu ferimentos traumáticos no rosto e no corpo antes de ser queimada.

A legista confirmou que a causa da morte foi traumatismo contuso e classificou o caso como homicídio. Para Holbrook, o crime não foi apenas um ato de violência isolado, mas também um reflexo de falhas sociais. Ele destacou a falta de suporte e acompanhamento na vida das duas adolescentes apreendidas pelo envolvimento no assassinato.

As suspeitas: jovens fugitivas

Duas adolescentes, de 15 e 16 anos, foram apreendidas pelo crime. Ambas haviam abandonado o Ensino Médio em Columbia e eram consideradas fugitivas. Uma delas, inclusive, era procurada pelo Departamento de Justiça Juvenil da Carolina do Sul após remover sua tornozeleira eletrônica.

Holbrook enfatizou o impacto desse tipo de crime e a necessidade de mudanças no sistema. “Quando você fala com pessoas que estiveram envolvidas em crimes hediondos como este, procura respostas e reações. O mais preocupante é quando não há reação. Para mim, isso abala a consciência”, refletiu.

Um pedido por justiça

Byron Gipson, advogado da família de Ka’Niyah, informou que irá solicitar ao tribunal que as adolescentes sejam julgadas como adultas. No momento, ainda não está claro se elas conheciam a vítima ou qual seria a motivação para o crime. O caso levanta questões importantes sobre a necessidade de maior atenção à juventude em situações de vulnerabilidade e ao papel da sociedade em prevenir tragédias como esta.

Reflexões sobre o impacto social

O assassinato de Ka’Niyah Baker é mais do que um crime hediondo; é também um sinal de alerta para os desafios enfrentados por comunidades que lidam com jovens em risco. A violência juvenil, a falta de estrutura familiar e o abandono escolar foram fatores destacados pelas autoridades como elementos críticos no contexto desse crime.

Holbrook fez um apelo por mudanças sistêmicas, ressaltando a importância de trabalhar para oferecer suporte aos jovens e combater o desespero que leva a atos tão extremos. “Há muito desespero, e temos que mudar isso”, concluiu o chefe de polícia.

Uma comunidade em luto

A tragédia deixou a cidade de Columbia em choque. Ka’Niyah era uma menina com sonhos interrompidos de forma brutal. Sua morte serviu como um lembrete doloroso da necessidade de ações mais eficazes para proteger jovens em situações vulneráveis e prevenir que outros casos como este se repitam.