Mulher mata filho de 10 anos ao se sentar nele como castigo

Jennifer Wilson, uma mulher de 48 anos residente no estado de Indiana, nos Estados Unidos, foi condenada pela morte de seu filho adotivo, Dakota Levi Stevens, de apenas 10 anos. O caso, que chocou a comunidade local e ganhou destaque na imprensa norte-americana, aconteceu em abril de 2024. Jennifer, que pesa 155 kg, se sentou sobre o abdômen do garoto por cerca de cinco minutos como uma forma de punição por um suposto “mau comportamento”.

De acordo com informações da emissora NBC, Dakota já havia buscado ajuda antes do ocorrido. Ele correu até a casa de vizinhos, relatando que sofria agressões frequentes por parte de seus pais adotivos. O menino chegou a implorar para ser adotado por essas pessoas, denunciando que tanto Jennifer quanto seu marido (cuja identidade não foi divulgada) o tratavam de forma violenta.

Os registros do Gabinete do Xerife do Condado de Porter mostram que, depois de voltar para casa, Dakota ameaçou fugir novamente. Foi nesse momento que Jennifer, em uma tentativa de “contê-lo”, acabou deitando-se sobre ele no chão. Conforme consta no processo, a própria mulher admitiu que não se lembrava ao certo se havia empurrado o garoto ou se ambos caíram juntos, mas alegou que seu objetivo era apenas impedir que ele escapasse.

Enquanto pressionava o menino com o peso do corpo, Jennifer chegou a ligar para uma assistente social, mas começou a sentir falta de ar devido ao próprio peso. Segundo o depoimento, quando Dakota parou de reagir, ela inicialmente achou que ele estava “fingindo”. Só após perceber que as pálpebras do menino estavam pálidas e tentar reanimá-lo, decidiu chamar os serviços de emergência.

As autoridades que atenderam a chamada encontraram marcas de hematomas no pescoço e no peito da criança. Dakota foi levado às pressas para um hospital local, mas, infelizmente, não resistiu. Ele faleceu dois dias depois, deixando a comunidade em choque.

O laudo da autópsia revelou que Dakota morreu devido a asfixia mecânica. Além disso, foram constatados danos severos em órgãos internos, como fígado e pulmões, além de hemorragias em tecidos moles. O caso foi classificado como homicídio culposo, ou seja, uma morte causada por imprudência ou negligência, sem intenção deliberada de matar.

A história de Jennifer ganhou um novo capítulo em julho de 2024, quando ela foi localizada e presa a aproximadamente 40 km de sua residência. Sua captura foi possível graças a uma câmera que identificou a placa do veículo que ela utilizava. Durante os meses em que esteve foragida, a revolta da população local só aumentou, com muitos cobrando justiça pelo que foi descrito como uma tragédia evitável.

Em outubro de 2024, Jennifer declarou-se culpada pelas acusações que enfrentava. O veredicto final foi dado na última sexta-feira, 17 de janeiro de 2025, quando ela foi condenada a seis anos de prisão no Departamento de Correção de Indiana. Desses, um ano foi suspenso, devendo ser cumprido sob liberdade condicional. O Gabinete do Procurador do Condado de Porter confirmou que a pena foi determinada levando em conta a gravidade do caso e a admissão de culpa por parte da ré.

O caso Dakota Stevens reacendeu o debate nos Estados Unidos sobre os critérios de avaliação em processos de adoção e a falta de fiscalização no acompanhamento das famílias adotivas. Especialistas destacam que situações como essa poderiam ser evitadas com mais suporte psicológico e intervenções preventivas. No entanto, para quem acompanhou de perto essa tragédia, como os vizinhos que ouviram os apelos desesperados de Dakota, as perguntas sobre como algo assim pôde acontecer permanecem sem resposta.

Histórias como essa nos lembram da importância de ouvir e proteger as crianças em situações de risco. Apesar de a justiça ter sido feita, o legado de Dakota agora é um apelo por mudanças reais no sistema de proteção infantil, para que outras vidas não sejam perdidas por negligência ou crueldade.