Na noite de quinta-feira (30), a cidade de Vila Velha, na Região Metropolitana de Vitória, no Espírito Santo, foi palco de um crime que chocou moradores e gerou comoção nacional. Bernardo Souza Nascimento, uma criança de apenas 6 anos, foi encontrado morto no apartamento da avó paterna. O principal suspeito do crime é seu pai, Fernando Nelson Neves Nascimento, de 37 anos, que teria confessado o assassinato à família antes de desaparecer.
O início do pesadelo
De acordo com informações do boletim de ocorrência da Polícia Militar, Fernando fez uma ligação aos familiares durante a tarde, admitindo ter matado o próprio filho. Após a ligação, parentes acionaram as autoridades imediatamente.
Quando os policiais chegaram ao local, encontraram o corpo do menino sobre uma cama de casal, com os braços e pernas cruzados. Sinais de rigidez cadavérica e espuma na boca levantaram suspeitas de que Bernardo pode ter sido envenenado, mas apenas o laudo do Instituto Médico Legal (IML) poderá confirmar a causa da morte.
Dinâmica do crime
Imagens de câmeras de segurança registraram Fernando deixando o condomínio por volta das 18h41, cerca de uma hora após confessar o crime à família. Ele vestia camisa preta, bermuda clara e capacete escuro, saindo do local em uma moto vermelha. Desde então, Fernando está foragido.
Um dos filhos mais velhos do suspeito relatou à polícia que, além de confessar o crime, o pai teria feito ameaças a outros membros da família durante a ligação.
Um histórico de conflitos e uma medida protetiva
A relação entre Fernando e a mãe de Bernardo era marcada por conflitos. Os dois estavam separados desde dezembro do ano passado, e a mulher, de 42 anos, tinha uma medida protetiva contra ele. Apesar disso, na quinta-feira, Bernardo manifestou saudades do pai.
O menino passou o dia com Fernando na casa da avó paterna, onde o crime aconteceu. Familiares acreditam que o gesto de levar o filho ao apartamento foi planejado pelo suspeito, já que a tragédia ocorreu horas depois.
Cena do crime e comoção local
A descoberta do corpo causou grande alvoroço no condomínio. O local foi isolado para perícia, e a Polícia Civil iniciou as investigações no mesmo dia. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) precisou ser acionado para atender a mãe da vítima, que entrou em estado de choque ao receber a notícia.
A cena atraiu uma multidão de moradores, todos indignados com a crueldade do crime. Comentários sobre a violência doméstica e a falha na proteção de crianças foram levantados por vizinhos e parentes.
Repercussão e investigação
A Polícia Civil de Vila Velha está à frente do caso e trabalha para localizar Fernando Nelson Neves Nascimento. Detalhes da investigação estão sendo mantidos sob sigilo para não prejudicar as buscas pelo suspeito.
O caso trouxe novamente à tona a importância de medidas protetivas e de um acompanhamento mais rigoroso em situações de violência familiar. Segundo especialistas, tragédias como essa poderiam ser evitadas com ações mais efetivas de fiscalização e apoio psicológico às vítimas.
Revolta e pedidos de justiça
A morte de Bernardo gerou uma onda de revolta entre os moradores de Vila Velha e nas redes sociais. Mensagens de solidariedade à mãe e pedidos de justiça inundaram as plataformas digitais. A comunidade clama por respostas rápidas e pela prisão do suspeito.
Enquanto isso, a polícia pede que qualquer pessoa com informações sobre o paradeiro de Fernando entre em contato pelo telefone 181. A colaboração da população é essencial para capturá-lo e garantir que ele responda por seus atos.
Reflexão sobre violência doméstica
A tragédia envolvendo Bernardo expõe as falhas em lidar com casos de violência doméstica, que muitas vezes culminam em desfechos fatais. Este caso não é isolado e reforça a necessidade de investir em políticas públicas que priorizem a proteção de crianças e mulheres em situações vulneráveis.
O luto pela perda de Bernardo é sentido por todos que acompanham o caso. Mas, acima de tudo, a sociedade exige que a justiça seja feita e que medidas mais eficazes sejam tomadas para evitar que histórias como essa se repitam.