Bolo envenenado: suspeita encontrada sem vida foi transferida de presídio há uma semana por questões de segurança

Deise Moura dos Anjos, uma mulher envolvida em um caso de suspeita de envenenamento, teve sua situação virar notícia essa semana após sua transferência para uma penitenciária em Guaíba. Ela foi presa em janeiro sob a acusação de envenenar um bolo que matou três pessoas de sua família, incluindo o marido e o sogro. A mudança de local de detenção aconteceu na quinta-feira (13), depois de ela passar um tempo no Presídio Feminino de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.

De acordo com a polícia, a decisão de transferir Deise foi tomada porque a Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba oferece mais estrutura e segurança, além de ser exclusiva para mulheres, ao contrário do presídio de Torres, que compartilha o espaço com homens. A suspeita, que foi presa temporariamente no começo de janeiro, está sendo investigada pelo envenenamento de um bolo feito com farinha contaminada por arsênio. A história já é bizarra o suficiente, mas os detalhes tornam tudo ainda mais macabro.

A investigação também apura a morte do sogro de Deise, Paulo Luiz dos Anjos, que faleceu em setembro após comer bananas e leite em pó que ela teria levado até a casa dele. Essas mortes assustaram a população, e a polícia não estava descartando a hipótese de que Deise tivesse matado o sogro de forma semelhante ao que fez com o marido e outros familiares. A cada novo desenvolvimento, a situação parece se tornar ainda mais enigmática.

Agora, em relação à condição de Deise dentro da penitenciária, os advogados dela afirmaram que a suspeita estava em risco de cometer suicídio, uma preocupação que foi comunicada à direção da penitenciária. Eles também solicitaram atendimento médico e psicológico, principalmente após sua transferência para Guaíba. A polícia penal, por outro lado, garantiu que Deise recebeu a devida atenção médica, com três atendimentos psicológicos e outros dois com a equipe de saúde. Eles informaram também que o atendimento psicológico era feito por três profissionais e que a rotina de inspeção nas celas era rigorosa, com revistas diárias para garantir a segurança de todos os detentos.

Quando Deise foi transferida, ela ocupava uma cela com cama, chuveiro, vaso sanitário, pia, e até objetos pessoais como livros e cartas. A penitenciária assegurou que todas as condições de sua prisão eram adequadas, sem oferecer riscos à sua integridade física.

Além disso, a defesa de Deise fez um pedido para que ela fosse mantida em prisão preventiva. No dia 11 de fevereiro, o Ministério Público aceitou essa solicitação, e o pedido estava sendo analisado pela Justiça. Caso o pedido fosse concedido, Deise sairia da cela onde estava isolada e passaria a ser colocada em uma galeria comum com outras presas. Isso levantou uma preocupação de segurança por parte da defesa, que afirmou que Deise temia por sua própria segurança se isso realmente acontecesse.

Tudo isso levanta várias questões sobre como o sistema penitenciário lida com detentas que estão em situações delicadas, tanto psicologicamente quanto fisicamente. Deise, mesmo sendo suspeita de crimes horríveis, agora parece estar vivendo sua própria prisão interna, sendo constantemente observada, com cuidados psicológicos e físicos, mas também com um grande peso em cima de sua liberdade. Será que ela vai conseguir lidar com isso até o final do processo? O tempo vai dizer.

Esse caso, com tantos detalhes macabros e uma trama que parece sair de um filme de suspense, só aumenta o mistério sobre o que realmente aconteceu com a família de Deise e até onde ela seria capaz de ir. Vamos ficar de olho nos próximos desdobramentos dessa história.