A cidade de Contagem (MG) amanheceu em choque nesta segunda-feira (17) com a confirmação da morte de Polliana Gonçalves da Silva, de 39 anos. A vendedora de balas, que estava desaparecida desde a última quarta-feira (12), foi encontrada sem vida em uma área de mata no bairro Estâncias Imperiais. O corpo foi localizado por uma pessoa que passava pela Estrada Chico Mendes e, ao perceber algo estranho, acionou a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).
A notícia abalou familiares e amigos, que há dias buscavam informações sobre o paradeiro de Polliana. Sua irmã, Luana Gonçalves, havia feito um apelo nas redes sociais, divulgando um vídeo no qual relatava que a última vez que a vendedora entrou em contato foi na noite de quarta-feira, por volta das 20h. No telefonema, Polliana disse à filha que estava saindo do bairro Teresópolis, em Betim (MG), e voltando para casa. Pouco depois, o celular foi desligado, e desde então não houve mais comunicação.
Corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição
Assim que a Polícia Militar chegou ao local onde o corpo foi encontrado, os agentes constataram que Polliana estava em estado avançado de decomposição. Além disso, apresentava perfurações compatíveis com disparos de arma de fogo, o que levantou a suspeita de homicídio. Outro detalhe que chamou atenção foi o fato de sua bolsa estar revirada, o que poderia indicar um possível roubo.
Devido à localização de difícil acesso, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG) foi acionado para resgatar o corpo da vítima. Após a remoção, ele foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte, onde será submetido a exames que determinarão a causa exata da morte.
A notícia da tragédia causou comoção entre os moradores da região, especialmente entre aqueles que conheciam Polliana. Segundo relatos de vizinhos e conhecidos, ela era uma mulher batalhadora, que trabalhava duro para sustentar a família.
Polícia investiga o caso e pede ajuda da população
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) abriu uma investigação para esclarecer o assassinato. Até o momento, nenhuma hipótese foi descartada, mas uma das principais linhas de apuração é a possibilidade de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. A forma como a bolsa da vítima foi encontrada reforça essa tese, embora outros motivos ainda estejam sendo analisados.
As autoridades pedem que qualquer pessoa que tenha informações sobre o caso entre em contato por meio dos telefones 197 (Polícia Civil) ou 190 (Polícia Militar). O anonimato é garantido.
Nos últimos meses, a criminalidade tem sido uma preocupação crescente na região metropolitana de Belo Horizonte. Casos de desaparecimento e violência têm sido registrados com frequência, gerando medo e insegurança entre os moradores. A morte de Polliana apenas reforça a necessidade de medidas mais rigorosas para combater a violência e garantir a segurança da população.
Família busca respostas e clama por justiça
A dor da perda tem sido imensa para os familiares de Polliana, que agora buscam respostas e cobram justiça. “Ela era uma mulher trabalhadora, uma mãe dedicada. Não merecia esse fim”, desabafou um parente em entrevista a uma rádio local.
Amigos e conhecidos da vendedora planejam uma homenagem para relembrar sua trajetória e prestar apoio à família. O velório e o sepultamento devem ocorrer nos próximos dias, assim que os exames periciais forem concluídos e o corpo for liberado pelo IML.
Enquanto isso, a população acompanha o desenrolar das investigações e espera que os responsáveis por essa tragédia sejam identificados e punidos. Casos como esse reforçam a importância de políticas públicas de segurança mais eficazes, além de uma atuação mais firme das autoridades para evitar que histórias como a de Polliana se repitam.
O que deveria ser mais um dia comum para a família de Polliana acabou se tornando um pesadelo. Agora, resta a esperança de que a justiça seja feita e que sua história não seja esquecida.