Pedro Henrique da Silva Pinto, de 22 anos, foi preso na última quinta-feira (20/2) sob a acusação de ter assassinado seu enteado, Alisson Otávio, de apenas 3 anos. O caso chocou moradores de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e gerou revolta na comunidade.
Segundo informações da polícia, Pedro confessou ter agredido a criança com tapas e socos no peito após um momento de tensão dentro de casa. Ele relatou que, ao tentar repreender o menino, acabou levando uma mordida no dedo e, em resposta, desferiu os golpes fatais.
O desaparecimento de Alisson foi registrado na quarta-feira (19/2), quando sua mãe, Vitória Maria da Silva, o deixou sob os cuidados do padrasto para ir ao trabalho. Desde então, o menino não foi mais visto. Desesperados com o sumiço, familiares e vizinhos se mobilizaram na quinta-feira (20/2) para procurá-lo. Infelizmente, a busca teve um desfecho trágico: o corpo da criança foi encontrado dentro de uma bolsa, abandonado em uma área de mata no Morro da Galinha.
A notícia do crime rapidamente se espalhou pelo bairro e causou indignação entre os moradores. Durante os protestos que se seguiram à descoberta do corpo, Pedro foi capturado por traficantes da região, que suspeitavam de seu envolvimento na morte do enteado. Antes de ser entregue à polícia, ele foi amarrado com fita adesiva, espancado e humilhado por populares revoltados com a brutalidade do crime.
Após ser resgatado, Pedro Henrique foi encaminhado ao hospital para tratar os ferimentos decorrentes da agressão. Em seguida, ele foi conduzido à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, onde permanece detido. A polícia segue investigando o caso para esclarecer todos os detalhes sobre o crime e a motivação do padrasto para cometer tamanha violência contra uma criança indefesa.
A morte de Alisson Otávio trouxe à tona mais uma vez a necessidade de reforçar a proteção infantil e denunciar qualquer indício de maus-tratos. O caso gerou forte repercussão nas redes sociais, com internautas cobrando justiça e penas mais severas para crimes contra crianças. Além disso, organizações de defesa dos direitos infantis reforçaram a importância da vigilância contínua por parte de familiares e vizinhos para evitar tragédias como essa.
Vitória Maria da Silva, mãe do menino, encontra-se em estado de choque e tem recebido apoio de amigos e parentes. Em depoimento, ela afirmou que jamais imaginou que o companheiro pudesse agir de forma tão cruel com seu filho. A jovem agora lida com a dor irreparável da perda e busca forças para seguir adiante em meio ao luto.
O crime também reacendeu o debate sobre a segurança infantil dentro de casa e a responsabilidade de cuidadores. Especialistas alertam que qualquer sinal de violência, por menor que seja, deve ser levado a sério e denunciado às autoridades. Muitas vezes, pequenos indícios podem evitar tragédias maiores.
Enquanto isso, Pedro Henrique aguarda as próximas etapas do processo judicial. Ele poderá responder por homicídio qualificado, crime que prevê pena de até 30 anos de prisão. A expectativa da população é que a justiça seja feita e que casos como esse sirvam de alerta para que mais crianças não sejam vítimas de agressões dentro de seus próprios lares.
O enterro de Alisson Otávio aconteceu na sexta-feira (21/2), sob forte comoção. Amigos, familiares e vizinhos prestaram suas últimas homenagens ao pequeno, que teve sua vida interrompida de forma brutal. O caso segue em investigação, e a polícia continua apurando todos os detalhes para garantir que os responsáveis sejam punidos com o rigor da lei.