Saiba quem são universitários mortos em acidente de ônibus em SP

O trágico acidente envolvendo um ônibus fretado e uma carreta no interior de São Paulo deixou a comunidade acadêmica da Universidade de Franca (Unifran) em luto. O coletivo transportava estudantes que retornavam para casa após um dia de aula, quando a colisão aconteceu.

De acordo com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), o ônibus estava em conformidade com todas as normas de segurança e havia passado por vistoria recentemente. No entanto, o impacto foi devastador, resultando na morte de 12 estudantes. O motorista da carreta, Evandro Rogério Leite, está hospitalizado sob escolta policial e será preso em flagrante assim que receber alta. Ele deverá responder por homicídio culposo, lesão corporal culposa e fuga do local do acidente, conforme informado pela Polícia Civil.

Vítimas confirmadas

Entre as vítimas fatais, estão alunos de diferentes cursos da Unifran:

  • Caio Felizardo da Silva (Psicologia)
  • Flávia Mendes dos Santos (Química)
  • Hugo dos Santos Aliberte Dias (Análise de Sistemas)
  • João Pedro de Oliveira dos Reis (Arquitetura)
  • Juliana Neves Hespanhol (Administração)
  • Lívia Tavares Luiz (Enfermagem)
  • Mariana Anastácio de Oliveira (Biomedicina)
  • Matheus Jesus Eugênio dos Santos (Engenharia Elétrica)
  • Otávio Costa Oliveira (Ciência da Computação)
  • Pedro Henrique Souza Saraiva (Computação)
  • Raquel Laila Caldeira (Administração)
  • Vinicius Nascimento dos Santos (Administração)

A empresa responsável pelo ônibus, G. Ramos Transportes, divulgou uma nota expressando pesar e informando que está oferecendo suporte às famílias das vítimas. “Neste momento de dor, estamos direcionando todos os nossos esforços para auxiliar os envolvidos e prestar o apoio necessário”, diz o comunicado.

O que já se sabe sobre o acidente

As primeiras informações indicam que a colisão aconteceu por volta das 22h55 de quinta-feira (20/2). O ônibus seguia por um desvio na Rodovia Prefeito Fábio Talarico (SP-435), já que a rota tradicional está interditada para obras em uma ponte desde novembro do ano passado.

O Corpo de Bombeiros foi acionado imediatamente e trabalhou no resgate das vítimas. Além das 12 mortes confirmadas, vários passageiros ficaram feridos. Um deles, em estado grave, foi transferido para um hospital em Franca com traumatismo craniano. Outros três permanecem internados, mas sem risco de morte. Os demais passageiros foram atendidos e liberados.

A Universidade de Franca decretou luto oficial de três dias. Em nota, a instituição lamentou profundamente a perda de seus alunos e prestou solidariedade às famílias. A Atlética Unificada da Unifran também se manifestou, destacando o impacto irreparável da tragédia na comunidade acadêmica.

Homenagens e despedidas

A dor da perda mobilizou amigos e familiares, que prestaram homenagens às vítimas. A Atlética de Arquitetura e Urbanismo da Unifran lamentou a morte de João Pedro de Oliveira dos Reis, estudante do primeiro ano. “Que sua memória seja eternamente lembrada com carinho e que todos encontrem conforto para atravessar este momento de imensa dor”, publicou a organização no Instagram.

Duda Ferrari, amiga de João Pedro, escreveu uma emocionante carta aberta nas redes sociais: “Você me ensinou a valorizar a vida, a aproveitar cada momento, a não ter medo de ser eu mesma. Você mostrou que a amizade verdadeira existe e que é possível encontrar alguém que te aceita sem julgamentos”.

Pedro Henrique Souza Saraiva, de apenas 17 anos, cursava o primeiro ano de Ciência da Computação. A Escola Técnica Estadual (Etec) Pedro Badran, de São Joaquim da Barra, onde ele estudou antes da faculdade, confirmou sua morte e suspendeu as aulas desta sexta-feira (21/2) como forma de respeito.

A estudante de enfermagem Lívia Tavares, de 23 anos, estava no terceiro ano do curso e teve sua morte confirmada pela Atlética de Enfermagem da Unifran. “Uma colega dedicada, cheia de sonhos, que sempre ajudava quem precisava. Sentiremos muito sua falta”, escreveu um amigo em homenagem.

Os velórios ocorrerão em dois momentos: inicialmente, em cerimônia reservada às famílias e, posteriormente, haverá uma despedida aberta ao público em São Joaquim da Barra, cidade de origem de algumas vítimas. O clima é de tristeza e comoção, enquanto parentes e amigos tentam lidar com a dor da perda repentina.