Cachorro fica ao lado do dono morto afogado em SC e comove a internet

A cena de um cachorro que se recusou a deixar o lado do corpo de seu tutor, um homem de 41 anos em situação de rua que morreu afogado na praia Central de Balneário Camboriú, emocionou banhistas e turistas na manhã do último sábado (22). O vínculo de lealdade entre o animal e seu dono rapidamente repercutiu nas redes sociais, sensibilizando internautas e levantando debates sobre o destino do cão.

De acordo com a Guarda Municipal de Balneário Camboriú, o animal foi resgatado e levado para uma organização não governamental (ONG) de proteção animal, onde aguarda adoção. A entidade responsável, Viva Bicho BC, já iniciou uma campanha para encontrar um novo lar para ele. A história, carregada de emoção, reforça a conexão profunda que muitos animais desenvolvem com seus donos, independentemente da condição social em que vivem.

O episódio trágico aconteceu por volta das 8h, quando banhistas notaram um corpo estendido na areia e acionaram os serviços de emergência. Equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram até o local e constataram o óbito do homem, que era natural do Rio Grande do Sul e sobrevivia na região catando materiais recicláveis. Durante todo o tempo, o cachorro permaneceu ao lado do corpo, recusando-se a sair, até a chegada da Polícia Científica, que realizou a remoção do cadáver.

O impacto da cena foi imediato. Quem estava por perto relatou a angústia de ver o animal rondando o corpo de seu tutor, demonstrando sinais claros de tristeza e confusão. Segundo populares, o cão era o único companheiro do homem e os dois estavam sempre juntos pela cidade. A relação entre ambos evidencia como os animais de estimação podem se tornar verdadeiros pilares emocionais na vida de muitas pessoas, especialmente as que vivem em situação de vulnerabilidade.

A Guarda Municipal Ambiental, responsável pelo resgate, divulgou uma nota informando que o cachorro foi acolhido e encaminhado para adoção. “Um cachorro, que segundo relatos pertencia ao morador de rua, acompanhou todo o procedimento ao lado do corpo. Ele foi recolhido pela Guarda Municipal Ambiental e levado para a ONG Viva Bicho BC, onde aguardará um novo lar”, diz o comunicado oficial.

Nas redes sociais, a ONG publicou um vídeo do cachorro, pedindo ajuda para encontrar uma família que possa acolhê-lo com carinho e responsabilidade. A entidade também destacou que o animal receberá vacinação e microchipagem, garantindo que seu futuro seja seguro e monitorado. A campanha de adoção está sendo amplamente divulgada na internet, e muitos internautas manifestaram interesse em oferecer um lar ao cão, que já se tornou símbolo de fidelidade e amor incondicional.

O caso também reacendeu discussões sobre a situação dos animais de rua e de pessoas em vulnerabilidade social que possuem pets. Muitas vezes, esses companheiros representam a única fonte de afeto e proteção para seus donos. Especialistas em comportamento animal explicam que cães criam laços profundos com seus tutores e, quando ocorre uma separação abrupta, podem apresentar sinais de luto, como perda de apetite, desorientação e mudanças comportamentais.

Organizações de proteção animal reforçam a importância da adoção responsável, ressaltando que cães que passaram por experiências traumáticas podem precisar de tempo para se adaptar a um novo ambiente. No entanto, com amor e paciência, eles conseguem recomeçar e oferecer a mesma lealdade e carinho a uma nova família.

Interessados em adotar o cachorro ou outros animais resgatados pela ONG podem entrar em contato pelo perfil oficial da entidade no Instagram, @ongvivabichobc. A equipe está avaliando os candidatos para garantir que o novo lar seja adequado às necessidades do animal.

Enquanto aguarda uma nova família, o cachorro que protagonizou essa história de amor e fidelidade segue sob os cuidados da ONG, recebendo assistência veterinária e carinho dos voluntários. Seu destino ainda é incerto, mas uma coisa é garantida: sua lealdade ao antigo tutor jamais será esquecida.