Grávida de Taubaté participava de rituais satânicos e até conversava com o diabo

Maria Verônica Aparecida, conhecida nacionalmente como a “Grávida de Taubaté”, voltou aos holofotes recentemente ao conceder uma entrevista reveladora ao apresentador Celso Portiolli, no programa Domingo Legal. Durante a conversa, ela afirmou que, por mais de uma década, fez parte de uma seita satânica cujos rituais teriam levado ao seu caso de gravidez psicológica. “Minha barriga cresceu de verdade”, declarou, mas sem apresentar qualquer comprovação quando questionada pelo apresentador.

A pedagoga relembrou que sua história começou em um contexto familiar católico, no qual sua relação com Kleber Melo, seu atual marido, não foi bem recebida. “Meu pai não aceitou, fez algumas coisas que eu não compreendia na época, mas que hoje vejo que eram atitudes de um bom cristão”, relatou, sem entrar em muitos detalhes sobre as ações paternas.

A rejeição da família fez com que ela se aproximasse dos parentes do marido, e foi por meio deles que começou a frequentar um grupo que, segundo ela, tinha características de uma seita. “Prefiro não citar nomes nem apontar dedos. Apenas chamo de seita, porque é um grupo de pessoas que compartilha uma crença”, justificou.

Maria Verônica contou que, com o tempo, percebeu que os membros cultuavam forças ocultas. “Era o próprio demônio, e eu me sentia bem com isso. Eu conversava com ele, e muitas vezes as palavras eram de baixo calão. Assim como na Igreja Católica existem imagens de santos, lá também existiam, mas de forma discreta. Você nunca imaginaria quem faz parte desse tipo de coisa”, alertou.

A suposta gravidez de quadrigêmeos teria começado durante um desses rituais. Segundo Maria Verônica, em 2011, durante a Sexta-feira Santa, fez um pedido para engravidar, pois seu marido não podia mais ter filhos devido a uma cirurgia. “Escrevemos nossos desejos em papéis e entregamos para um homem, que dizia ser a encarnação do próprio demônio. Ele molhou os papéis em um líquido e engoliu, garantindo que nossos pedidos seriam atendidos.”

Ela relatou ainda que, logo depois, foi chamada para um ritual separado. “Acredito que foi ali que nasceu a Grávida de Taubaté, porque depois, quando fui desmascarada, um profissional da psicologia confirmou que eu vivi uma gravidez psicológica real”, afirmou.

Durante a entrevista, Celso Portiolli questionou diversas incoerências na narrativa da pedagoga. Em um momento, perguntou sobre os objetos que ela carregava dentro da barriga falsa. “Mas esses objetos eram para sua proteção?”, insistiu o apresentador. Maria Verônica, por sua vez, respondeu de forma vaga: “Não sei, acho que sim”.

A história tomou um rumo ainda mais surreal quando ela afirmou ter sido sequestrada pelo grupo do qual fazia parte. Segundo ela, houve um momento em que acreditou que seria sacrificada e que a barriga falsa foi arrancada à força pelos próprios membros da seita. “Eles me tiraram tudo, foi um momento terrível”, revelou.

Celso Portiolli, mantendo um tom cético, finalizou a entrevista ressaltando a complexidade do relato. “É difícil de acreditar, parece uma história muito confusa”, comentou. A entrevista reacendeu debates sobre o caso, que se tornou um dos episódios mais inusitados da história recente da televisão brasileira.

A aparição de Maria Verônica no programa gerou uma nova onda de comentários nas redes sociais. Enquanto alguns espectadores demonstraram curiosidade e surpresa, outros apontaram inconsistências e duvidaram da versão apresentada por ela. “Essa história está cada vez mais maluca”, escreveu um usuário no X (antigo Twitter). Outra pessoa ironizou: “O próximo passo é dizer que a cegonha entregou os bebês e eles desapareceram no ar”.

Independentemente da veracidade do relato, a Grávida de Taubaté continua sendo um fenômeno na cultura pop brasileira. O caso, que chocou o país na época, segue intrigando e despertando curiosidade mais de uma década depois. Resta saber se essa é a versão definitiva da história ou se, no futuro, novas revelações ainda virão à tona.