O mundo do surf está de luto. A chilena Javiera Ortiz, influenciadora digital e apaixonada pelo mar, faleceu tragicamente após ser atingida por uma lancha na praia de Rinconada de Taucú. Aos 34 anos, ela era uma figura querida na comunidade do surf, compartilhando sua paixão pelo esporte e pela moda com milhares de seguidores nas redes sociais.
O acidente aconteceu em um momento que deveria ser de felicidade para Javiera. Poucos dias antes de subir ao altar para celebrar seu casamento, sua vida foi interrompida de forma brutal. Socorristas foram acionados rapidamente, mas os ferimentos foram fatais, e ela não resistiu.
INVESTIGAÇÃO E POLÊMICA
O caso gerou comoção e também levantou questionamentos sobre segurança nas praias. De acordo com o canal 24 Horas, o condutor da embarcação responsável pelo atropelamento chegou a ser detido, mas foi liberado enquanto aguarda o desenrolar do processo. Sua identidade ainda não foi revelada, o que aumentou a revolta de surfistas e moradores da região, que cobram mais rigor na investigação.
Esse tipo de acidente não é inédito, e especialistas em segurança marítima ressaltam que a falta de fiscalização e a negligência no uso de embarcações motorizadas perto de áreas frequentadas por surfistas podem resultar em tragédias como essa. A praia de Rinconada de Taucú, onde Javiera surfava regularmente, é um local bastante procurado por praticantes do esporte, tornando a presença de lanchas um risco constante.
HOMENAGENS E ALERTAS
A notícia da morte de Javiera abalou não apenas sua família e amigos, mas também toda a comunidade do surf. O Rinconada de Taucú Surf Club, do qual ela fazia parte há cerca de dois anos, se manifestou em suas redes sociais, lamentando a perda e reforçando a necessidade de conscientização sobre a segurança no mar.
“Este acidente nos pegou de surpresa e nos deixou imensamente tristes. É um lembrete de que devemos sempre tomar precauções extremas ao praticar esportes aquáticos. Pedimos mais respeito às normas de segurança para evitar novas tragédias.”
Entre as mensagens de despedida, muitos seguidores resgataram uma publicação feita por Javiera no Instagram em 5 de fevereiro, na qual ela demonstrava sua empolgação para o casamento que estava por vir. Seu perfil, antes repleto de fotos de ondas perfeitas e dicas de estilo, agora se tornou um espaço de luto e homenagens.
OUTRA TRAGÉDIA NO MAR
O mar, que tanto encanta e atrai aventureiros, também foi cenário de outro acidente fatal. Na noite de segunda-feira (3), o empresário Rildemar Júnior, de 30 anos, morreu após sofrer um grave acidente de moto aquática em Itapema, Santa Catarina.
Para quem acompanha o mundo sertanejo, o nome de Rildemar pode soar familiar. Em novembro de 2024, ele ficou conhecido por alugar uma lancha para a gravação do clipe de “Descer pra BC”, hit da dupla Brenno e Matheus.
As circunstâncias exatas do acidente ainda estão sendo investigadas, mas testemunhas relatam que a moto aquática teria colidido violentamente contra uma estrutura fixa, resultando na morte do empresário. Assim como no caso de Javiera, a tragédia levantou discussões sobre a importância de regras mais rígidas e fiscalização no uso de embarcações e veículos aquáticos.
SEGURANÇA NO MAR: O QUE PODE SER FEITO?
Diante de dois casos tão próximos, é impossível não se questionar: como evitar novas fatalidades? Especialistas reforçam que algumas medidas poderiam reduzir o risco de acidentes como os que vitimaram Javiera e Rildemar:
1. Delimitação de áreas para embarcações motorizadas – Muitos países já adotam regras que proíbem lanchas e jet skis em locais frequentados por banhistas e surfistas. Essa medida precisa ser reforçada.
2. Maior fiscalização – É essencial que autoridades marítimas façam rondas constantes e garantam que embarcações sigam normas de segurança e distanciamento adequado.
3. Campanhas de conscientização – Tanto turistas quanto moradores locais precisam ser educados sobre os riscos de navegação imprudente em áreas compartilhadas.
4. Equipamentos de segurança – Surfistas e praticantes de esportes aquáticos podem se beneficiar do uso de coletes salva-vidas e capacetes, especialmente em locais onde há tráfego intenso de embarcações.
A DOR DA PERDA E O LEGADO
Javiera Ortiz e Rildemar Júnior partiram de forma prematura, mas suas histórias não devem ser esquecidas. A comoção gerada por essas tragédias pode servir de alerta para que autoridades e população se unam em busca de soluções que tornem mares e rios mais seguros para todos.
Enquanto isso, amigos, familiares e fãs seguem prestando homenagens e lamentando as vidas que foram interrompidas cedo demais.