Caso Vitória: Polícia usa cão farejador em busca de mais evidências em veículo

A Polícia Civil segue avançando nas investigações sobre o trágico caso de Vitória Regina de Sousa, jovem de 17 anos encontrada sem vida em uma área de mata na cidade de Cajamar, na Grande São Paulo. Após uma semana desaparecida, seu corpo foi localizado na última quarta-feira (5), e as autoridades têm intensificado os esforços para esclarecer as circunstâncias do crime e identificar os responsáveis.

Como parte das diligências, os investigadores concentraram-se na análise de um automóvel que pode ter sido utilizado na ação criminosa. Trata-se de um Corsa Sedan branco, pertencente a um vizinho de um dos suspeitos. O veículo foi apreendido e levado para a Delegacia Seccional de Franco da Rocha, onde passou por exames detalhados conduzidos pela Polícia Científica.

Durante a vistoria, peritos encontraram no carro alguns objetos que podem ser peças-chave para o avanço da investigação. Um fio de cabelo, um chinelo e um cobertor foram recolhidos do interior do veículo e encaminhados para análise laboratorial. Apesar de ainda não haver confirmação de que esses itens pertenciam à jovem ou tenham relação direta com o crime, a polícia trata as evidências com prioridade, aguardando os resultados dos exames periciais.

Além da análise dos objetos, um cão farejador foi utilizado para detectar possíveis vestígios da vítima dentro do carro. Os cães treinados para esse tipo de trabalho possuem faro altamente sensível, sendo capazes de identificar odores mesmo após a passagem do tempo. A técnica é frequentemente empregada em investigações de desaparecimentos e homicídios, auxiliando na coleta de indícios que possam ter passado despercebidos em uma inspeção visual comum.

Outra técnica empregada pelos peritos foi o uso da substância química Afis, um reagente específico para revelação de impressões digitais. A substância foi cuidadosamente aplicada na lataria, maçanetas, vidros e interior do veículo, incluindo o porta-malas. O procedimento permite que marcas invisíveis a olho nu sejam identificadas e comparadas com as digitais da vítima e de possíveis suspeitos. Cada impressão encontrada foi devidamente etiquetada e catalogada para análise posterior.

Esse tipo de investigação minuciosa tem se tornado cada vez mais comum em crimes de grande repercussão. O uso de tecnologia forense avançada tem sido um diferencial para a elucidação de casos que, no passado, poderiam levar anos para serem resolvidos. Peritos utilizam desde softwares de reconhecimento facial até técnicas sofisticadas de análise de DNA, permitindo uma identificação mais precisa de suspeitos e a reconstituição dos eventos que levaram ao crime.

O caso de Vitória Regina comoveu a comunidade local, que tem acompanhado atentamente as investigações. Amigos e familiares da jovem têm se mobilizado nas redes sociais pedindo por justiça, e moradores de Cajamar realizaram uma vigília em sua memória. O impacto da tragédia levanta novamente o debate sobre a segurança de adolescentes e jovens mulheres em grandes centros urbanos e regiões metropolitanas.

A Polícia Civil segue trabalhando para reunir provas concretas que levem à responsabilização dos envolvidos. Informações preliminares indicam que há suspeitos sob investigação, mas os detalhes sobre o andamento do inquérito ainda não foram divulgados para não comprometer a apuração. Especialistas reforçam que, em casos de desaparecimento, o acionamento imediato das autoridades é fundamental para aumentar as chances de um desfecho positivo.

Enquanto isso, a cidade se une em solidariedade à família de Vitória, aguardando respostas e cobrando medidas mais eficazes de combate à violência. As autoridades reforçam a importância da participação da população na elucidação de crimes, incentivando que qualquer informação relevante seja comunicada aos canais oficiais.