A polêmica envolvendo Patrícia Poeta e a condução do caso de Vitória Regina de Sousa continua rendendo repercussão. Nesta sexta-feira (7), o programa Fofocalizando, do SBT, abordou o episódio, e o jornalista Leo Dias trouxe uma informação que intrigou o público: segundo ele, a apresentadora do Encontro teria sido impedida pela direção da TV Globo de se desculpar publicamente após revelar, ao vivo, a suposta identidade do assassino da jovem de 17 anos ao pai da vítima.
O pedido de desculpas que nunca veio
Durante o programa, Leo Dias destacou que um simples pedido de desculpas poderia ter amenizado a situação, já que erros são comuns em transmissões ao vivo, especialmente em coberturas jornalísticas que lidam com casos delicados.
“Um pedido de desculpas resolve tudo. Concorda? Erros acontecem, ainda mais num programa ao vivo, jornalismo de última hora, ainda mais em casos tão polêmicos”, afirmou Leo Dias, ressaltando que o caso Vitória tem mobilizado intensamente a imprensa e a opinião pública.
O comunicador ainda sugeriu que, se estivesse no lugar de Patrícia Poeta, usaria suas redes sociais para se manifestar. No entanto, ele ponderou que a apresentadora pode não ter essa liberdade, pois a Globo tem regras rígidas sobre o uso das plataformas digitais por seus funcionários.
“Eu não sei também se a Globo permite, porque a Globo é tão forte que impede até o uso da rede social para falar de coisas profissionais”, disse Leo.
Diferenças entre Globo e SBT
O jornalista aproveitou a ocasião para comparar a postura da Globo com a do SBT. Ele destacou que, na emissora de Silvio Santos, os profissionais têm mais autonomia para se expressar e lidar com polêmicas de maneira mais espontânea.
“Aqui no Fofocalizando e aqui no SBT, a gente tem muito mais liberdade do que na Globo. Aqui a gente põe a cara, mas também assume e expõe tudo”, afirmou Leo, sugerindo que o DNA do SBT é permitir que seus comunicadores sejam autênticos, sem um roteiro tão engessado.
O jornalista continuou suas críticas ao modelo de trabalho adotado pela concorrente e afirmou que o controle excessivo imposto pela Globo pode comprometer a humanidade dos profissionais.
“A Globo tem um padrão Globo de qualidade, a cartilha é outra. E aí faz com que você se transforme numa máquina. Perde a humanidade, perde o olhar para o outro, perde um pouco, às vezes, a empatia”, analisou.
A empatia de Patrícia Poeta
Apesar das críticas ao modelo de trabalho da Globo, Leo Dias fez questão de afirmar que acredita na sensibilidade de Patrícia Poeta. Ele relembrou a atuação da apresentadora durante as coberturas das chuvas no Rio Grande do Sul, quando ela se envolveu diretamente com as vítimas da tragédia.
“A gente viu isso nas reportagens das chuvas do Rio Grande do Sul. Ela foi lá, abraçou vários conterrâneos que estavam passando por uma dificuldade terrível, fez o programa ao vivo de Porto Alegre. Então, eu vi ali uma Patrícia Poeta empática, que tem um olhar pelo outro, que se preocupa com o outro”, elogiou.
No entanto, o jornalista sugeriu que, no episódio do Encontro, Poeta foi vítima do próprio formato do programa, que segue um roteiro rígido e pouco flexível. Segundo ele, isso pode ter impedido que a apresentadora agisse de maneira diferente diante da notícia inesperada que teve de transmitir ao pai de Vitória.
“Não seria diferente hoje, mas ela tem um padrão a seguir e um roteiro muito restrito e determinado”, concluiu Leo Dias.
O silêncio da Globo
Até o momento, a TV Globo não se pronunciou oficialmente sobre a polêmica, nem confirmou se, de fato, impediu Patrícia Poeta de pedir desculpas ao vivo ou em suas redes sociais. A emissora tem um histórico de controlar rigorosamente a comunicação de seus profissionais, especialmente quando se trata de crises midiáticas.
A situação gerou um debate nas redes sociais, com opiniões divididas. Enquanto alguns acreditam que a apresentadora foi apenas uma peça dentro de um sistema engessado, outros argumentam que faltou tato e sensibilidade no tratamento do caso. O desdobramento da polêmica segue sendo acompanhado de perto pelo público e pela imprensa.