Caso Vitória: drone mostra exato momento de prisão de suspeito em Cajamar

A cidade de Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, foi palco de uma operação policial intensa neste sábado (8/3), que resultou na prisão de um suspeito ligado ao assassinato brutal de Vitória Regina dos Santos, de 17 anos. A jovem, que estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, foi encontrada sem vida no dia 5 de março, em uma área rural da cidade. O corpo apresentava sinais de tortura e estava quase decapitado, um crime que chocou a população e mobilizou as forças de segurança.

Prisão e investigação

As imagens captadas por um drone mostram o momento em que os agentes do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil realizaram a prisão do suspeito. Segundo as investigações, ele seria o proprietário de um Toyota Corolla prata que trafegou pelo mesmo caminho percorrido por Vitória na noite de seu desaparecimento. Relatos indicam que dois indivíduos estavam no veículo e teriam abordado a adolescente pouco antes dela sumir.

A polícia acredita que o automóvel possa ter sido usado na execução do crime. Durante os depoimentos, o dono do carro forneceu informações contraditórias sobre seu paradeiro na noite dos acontecimentos, o que levantou suspeitas ainda maiores. Diante disso, a Justiça decretou sua prisão temporária, justificando que há fortes indícios de seu envolvimento.

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“Os elementos reunidos até agora apontam para a participação do suspeito nos fatos investigados. As versões conflitantes sobre sua localização na noite de 26 de fevereiro indicam uma possível tentativa de obstrução da investigação e podem influenciar depoimentos futuros”, declarou a juíza Juliana Franca Bassetto Diniz Junqueira, da Comarca de Jundiaí.

Novas pistas no caso

No mesmo sábado da prisão, um novo achado chamou a atenção dos investigadores. Durante uma ronda na área onde o corpo de Vitória foi encontrado, a Guarda Civil Municipal de Cajamar descobriu roupas femininas e uma grande quantidade de cabelo enterrados a poucos metros do local do crime. O material foi localizado enquanto agentes acompanhavam um repórter na região.

“Quando chegamos lá, vimos que parte do cabelo e das roupas estavam visíveis na terra. Não podemos confirmar que pertenciam à Vitória, mas, pela proximidade do local, é algo que será analisado com atenção”, explicou o secretário de Segurança Pública de Cajamar, Leandro Arantes.

O corpo da adolescente foi encontrado no bairro Ponunduva, uma região de chácaras, vestindo apenas um sutiã. Seu cabelo estava raspado, e os sinais de violência evidenciavam a brutalidade do crime.

Os últimos momentos de Vitória

A jovem Vitória Regina dos Santos desapareceu na noite de 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho. Imagens de câmeras de segurança registraram sua chegada a um ponto de ônibus e, em seguida, sua entrada no transporte público. Momentos antes, ela enviou mensagens de áudio para uma amiga, relatando que havia sido abordada por dois homens dentro de um carro.

Nos prints das conversas, Vitória menciona que havia outros dois indivíduos no ponto de ônibus que a deixaram desconfortável. Apesar disso, ela seguiu com seu trajeto. No ônibus, os mesmos dois homens embarcaram e sentaram perto dela, o que aumentou ainda mais sua preocupação.

Já perto de casa, na área rural de Cajamar, Vitória enviou uma última mensagem para a amiga, informando que os dois homens não haviam descido junto com ela. “Tá de boaça”, escreveu, sem imaginar que aquele seria seu último contato.

Desde então, a polícia tem investigado pelo menos sete suspeitos pelo crime. O delegado responsável pelo caso declarou que a principal linha de investigação aponta para uma possível vingança como motivação.

Despedida marcada pela comoção

O velório de Vitória aconteceu na quinta-feira (6/3), no Ginásio Poliesportivo Lamartine de Paula Lima, e reuniu dezenas de pessoas que foram prestar suas últimas homenagens. Amigos, familiares e moradores da cidade compareceram ao local para se despedir da jovem, cuja morte gerou uma onda de indignação e pedidos por justiça.

No fim da tarde, o corpo foi sepultado no Cemitério Municipal de Cajamar. O clima era de profunda tristeza e revolta, com familiares pedindo que as autoridades garantam a punição dos responsáveis.

O caso segue em investigação, e novas diligências devem ser realizadas nos próximos dias para esclarecer todas as circunstâncias do crime. A sociedade, por sua vez, acompanha com atenção, na esperança de que a justiça seja feita e de que casos como esse não voltem a acontecer.