A polícia de São Paulo está atrás dos responsáveis por um crime horrível que aconteceu com Vitória Regina de Sousa, de apenas 17 anos. Ela foi sequestrada enquanto voltava do trabalho, na Grande São Paulo, e teve seu corpo encontrado uma semana depois, já com sinais de muita violência.
A família da jovem contou sua história para o programa Fantástico, destacando que Vitória era uma pessoa muito feliz e trabalhadora. Ela, a caçula de seis irmãos, estava muito contente com o novo emprego. Em casa, todos estavam orgulhosos dela, que sempre teve um coração bondoso e ajudava quem precisasse, mesmo sem ter muito para si.
A irmã Weronica, que esteve muito próxima dela, contou: “Vitória era muito alegre, sempre brincava com as crianças. Quando eu estava sem dinheiro para comprar leite para o meu filho, ela sempre dava um jeito de me ajudar.” Vitória havia deixado a escola para trabalhar, mas sonhava em retomar seus estudos.
A avó, Virginea, também falou sobre a neta: “Eu chamava ela de minha princesa. Ela estava sempre feliz, não acredito até hoje que ela se foi.” E de fato, para a família, parecia que Vitória estava viva, com todos esperando ansiosos que ela voltasse para casa.
Tudo aconteceu na noite de quarta-feira, 26 de fevereiro. Depois de um dia de trabalho no shopping, Vitória pegou um ônibus para voltar para casa. A jovem publicou uma foto e mandou uma mensagem para uma amiga dizendo que estava com medo de dois rapazes que estavam perto dela. A imagem mostra os rapazes entrando com ela no ônibus por volta da meia-noite. No entanto, depois de um tempo, Vitória parecia mais tranquila e disse para a amiga: “Nenhum deles desceu no mesmo ponto que eu. Tá tudo de boa”.

Como sempre, ela pegava dois ônibus até chegar perto de casa. Porém, nesse dia, o carro do pai estava quebrado, e ela precisou andar sozinha até a casa deles, cerca de 1 km. No meio do caminho, Vitória mandou outra mensagem dizendo: “Passaram uns caras em um carro e me falaram umas coisas. Ai, meu Deus, vou ficar mexendo no celular e não vou nem olhar para eles.” Esse foi o último contato que a família teve com ela. Depois disso, ninguém soube mais onde ela estava.
A área onde Vitória morava é em uma região rural de Cajamar, e mais de 100 pessoas participaram das buscas. Uma semana depois, o corpo dela foi encontrado em uma área de mata a cerca de 5 km de sua casa. O laudo da perícia apontou que ela foi morta com três facadas e que o corpo apresentava sinais de tortura, o que sugere que ela tenha sido mantida em cativeiro antes de ser morta, mas o local ainda não foi encontrado.
O principal suspeito inicialmente foi Gustavo Vinícius Moraes, ex-namorado de Vitória. No entanto, a polícia descobriu que ela havia tentado entrar em contato com ele no dia do desaparecimento. Ele chegou a ser preso, mas o pedido de prisão foi negado pela Justiça por falta de provas. Embora ele tenha alegado que estava com outra pessoa naquela noite, a geolocalização do celular indicou que ele estava perto da casa de Vitória quando o crime ocorreu.
O caso ganhou mais complexidade quando surgiram novas pistas. Maicol Sales dos Santos, outro suspeito, foi identificado. Testemunhas disseram ter visto o carro dele perto de onde Vitória desapareceu, e a perícia encontrou um fio de cabelo no veículo, que pode ser da jovem. Além disso, foi revelado que ele filmou o trajeto de Vitória entre o ponto de ônibus e sua casa no celular. Maicol foi preso no sábado, 8 de março, mas o pedido de prisão dele também foi negado pela Justiça.
O delegado Luiz Carlos do Carmo, responsável pelas investigações, falou sobre a motivação do crime, afirmando que, antes de entender o porquê do assassinato, é necessário reunir mais provas e confirmar a participação de todos os envolvidos.
No final, Vitória foi enterrada no dia 6 de março. Seu pai, Carlos Alberto Souza, deu um alerta a todos os pais: “Cuide bem de quem está ao redor dos seus filhos, porque você nunca sabe quem são essas pessoas.”
Esse caso continua sendo investigado, e a polícia está empenhada em trazer justiça para Vitória e sua família.