Caso Vitória: polícia encontra local onde adolescente foi mantida em cativeiro; saiba detalhes

A investigação sobre o assassinato da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, ganhou novos desdobramentos no último sábado (8). De acordo com apuração da Band, a polícia conseguiu localizar o cativeiro onde a vítima pode ter sido mantida antes de ser morta. A descoberta ocorreu logo após a prisão de Maicol Antonio Sales dos Santos, proprietário do veículo Toyota Corolla, onde foram encontrados fios de cabelo que podem pertencer à adolescente.

A prisão de Maicol foi determinada após inconsistências em seu depoimento. Segundo os investigadores, algumas declarações contraditórias levaram as autoridades a pedirem sua detenção preventiva, o que foi prontamente acatado pela Justiça.

BUSCAS E APREENSÕES

Ainda no sábado, a Justiça de São Paulo autorizou mandados de busca e apreensão na residência de outro suspeito, Daniel Lucas Pereira. Durante a operação, policiais confiscaram o celular de Daniel, que será submetido a uma análise pericial em busca de provas que possam esclarecer sua possível participação no crime.

As autoridades já trabalhavam com a hipótese de que Vitória não teria sido assassinada no local onde seu corpo foi encontrado. A nova linha de investigação sugere que ela tenha sido mantida em outro lugar e levada até a área de mata apenas para que seu corpo fosse ocultado. O estado avançado de decomposição também dificultou a análise inicial da cena do crime.

O CASO VITÓRIA REGINA

Vitória desapareceu no dia 26 de fevereiro, após sair do trabalho em um restaurante dentro de um shopping em Cajamar, São Paulo. A jovem havia sido contratada há apenas quatro dias e costumava ser buscada pelo pai ao fim do expediente. No entanto, naquela noite, o carro da família apresentou problemas mecânicos, e Vitória precisou voltar para casa de ônibus.

Desde então, ela não deu mais notícias. Durante a madrugada, chegou a enviar mensagens para uma amiga dizendo que estava com medo e sentia que estava sendo seguida. Essa foi a última comunicação registrada antes de seu desaparecimento.

A família e amigos iniciaram uma intensa campanha nas redes sociais em busca de informações. Sete dias depois, no dia 5 de março, seu corpo foi localizado por cães farejadores em uma área de mata, a cerca de 5 km de sua casa.

AS CIRCUNSTÂNCIAS DA MORTE

O estado em que Vitória foi encontrada chocou até mesmo os investigadores mais experientes. A jovem estava nua, com o cabelo raspado e apresentava diversos ferimentos pelo corpo. Além disso, suas mãos estavam cobertas por um saco plástico, o que levantou a hipótese de que os criminosos tentaram evitar a coleta de impressões digitais.

Diante da brutalidade do crime, a polícia trabalha com a possibilidade de que os suspeitos tenham vínculos com o crime organizado. A execução com sinais de tortura e a tentativa de ocultação do cadáver são características que chamaram atenção dos investigadores.

SUSPEITOS E MOTIVAÇÃO

Até o momento, os principais suspeitos são Maicol Antonio Sales dos Santos e Daniel Lucas Pereira, além de um terceiro nome que ainda não foi oficialmente divulgado. Fontes da polícia indicam que a motivação do crime pode estar ligada a ciúmes e desavenças pessoais.

A principal linha de investigação sugere que Daniel Lucas Pereira tinha uma relação com o ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinícius de Moraes. O crime pode ter sido motivado por vingança ou rivalidade, embora essa teoria ainda esteja sendo apurada.

A polícia acredita que outros envolvidos ainda podem ser identificados, e novas diligências estão sendo feitas para aprofundar as investigações.

REPERCUSSÃO

O caso de Vitória Regina gerou grande comoção nas redes sociais e entre moradores da região de Cajamar. Hashtags pedindo justiça ficaram entre os assuntos mais comentados nos últimos dias, e manifestações foram organizadas na cidade para cobrar respostas das autoridades.

Nas redes, muitos internautas se mostram indignados com a crueldade do crime e pressionam para que os culpados sejam rapidamente levados à Justiça. Mensagens de apoio à família também se multiplicam, com pedidos para que o caso não caia no esquecimento.

A investigação segue em andamento, e a expectativa é que novas prisões possam ocorrer nos próximos dias.