Menina de 10 anos encontrada morta em MG enviou mensagem para amiga

A cidade de Água Boa, no interior de Minas Gerais, está em choque com um crime brutal que vitimou a pequena Yara Karolaine Martins Neves, de apenas 10 anos. O corpo da menina foi encontrado no último sábado (8), na zona rural de São Pedro do Suaçuí. O principal suspeito do assassinato, um homem de 56 anos que mantinha um relacionamento com a mãe da vítima, confessou o crime. A investigação revelou detalhes perturbadores sobre os últimos momentos da criança.

Segundo informações da Polícia Civil, Yara foi vista por uma amiga caminhando pela rua principal da cidade quando um carro branco se aproximou. A menina entrou no veículo sem demonstrar resistência. Instantes depois, essa mesma amiga enviou uma mensagem perguntando onde ela estava indo. A resposta de Yara foi breve: disse que demoraria um pouco antes de encontrá-la. Era a última vez que alguém teria contato com a criança ainda com vida.

O principal suspeito

O homem identificado como o assassino confesso trabalhava como motorista da prefeitura de Água Boa e usou dois veículos oficiais para cometer o crime. Ele foi preso no domingo (9), depois que câmeras de segurança registraram o momento em que ele pegava a menina e saía da cidade com um carro da Secretaria de Saúde.

Durante o interrogatório, o suspeito contou que estava dirigindo quando viu Yara na rua e a convidou para ir até sua casa comer pizza. Ele afirmou que não a forçou a entrar no carro e que a menina o conhecia porque ele tinha um relacionamento com sua mãe. O trajeto entre o local onde a encontrou e sua casa durou cerca de cinco minutos.

No depoimento, ele ainda disse que ofereceu R$ 50 para a menina e que ela ficou sentada na cama do quarto. Quando questionado se houve abuso, negou veementemente. “Não teve… Pode fazer qualquer exame, não teve”, garantiu o homem.

O momento do crime

De acordo com o próprio assassino, depois de cerca de 40 minutos, ele percebeu que Yara poderia contar à mãe o que tinha acontecido. Nesse instante, segundo ele, teve um “impulso incontrolável”. “O demônio subiu, o capetão subiu e eu apertei a goela dela”, confessou, sem demonstrar arrependimento.

Após cometer o assassinato, ele enrolou o corpo da menina em um lençol, colocou no carro da prefeitura e dirigiu até a zona rural de São Pedro do Suaçuí, onde desovou o cadáver.

A descoberta do corpo

O corpo de Yara foi encontrado por acaso por um grupo de pescadores que estava na Cachoeira Pele do Gato. Uma criança percebeu algo estranho na água e chamou duas mulheres que a acompanhavam. Ao se aproximarem, as mulheres viram o corpo e imediatamente acionaram a polícia.

O caso gerou revolta entre os moradores da região, que se reuniram em frente à delegacia no momento da prisão do suspeito. Gritos de indignação foram ouvidos, e muitos pediam justiça. “Queremos ele atrás das grades para sempre. Um monstro desse não pode voltar para a sociedade”, disse uma moradora que preferiu não se identificar.

A polícia segue com as investigações e aguarda os laudos periciais para esclarecer todos os detalhes do crime.



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