O assassinato brutal da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, ocorrido em Cajamar, na Região Metropolitana de São Paulo, já vinha mobilizando a polícia e a opinião pública. No entanto, um detalhe que passou despercebido nos primeiros dias da investigação começa a ganhar uma nova relevância. Trata-se do corpo de uma mulher encontrado nas proximidades do local onde a adolescente foi achada morta. O caso, que inicialmente parecia não ter ligação alguma com o crime de Vitória, agora levanta dúvidas e pode mudar o rumo das investigações.
DOIS CORPOS ENCONTRADOS NA MESMA REGIÃO
No dia 26 de fevereiro, quando Vitória desapareceu ao voltar do trabalho, as buscas começaram imediatamente. Enquanto a polícia e a família tentavam encontrar pistas sobre o paradeiro da adolescente, um cadáver foi localizado em uma área de mata no bairro Ponunduva, um local de difícil acesso conhecido por suas trilhas e cachoeiras.
A princípio, houve uma suspeita de que o corpo fosse o da jovem desaparecida, mas essa hipótese logo foi descartada. Os peritos identificaram que se tratava de uma mulher mais velha, cujo estado avançado de decomposição dificultava a determinação da causa da morte. Ela apresentava lesões pelo corpo, mas, diante da cena, alguns moradores locais levantaram a possibilidade de que a senhora poderia ter caído acidentalmente.
Dois dias depois, a história tomaria um rumo ainda mais chocante. O corpo de Vitória Regina foi encontrado na mesma região, mas com sinais claros de violência extrema. A adolescente estava nua, com o cabelo raspado e apresentava múltiplas perfurações de faca, além de indícios de tortura. A brutalidade do crime fez com que a polícia passasse a tratar o caso como homicídio qualificado e instaurasse uma investigação minuciosa.
QUEM ERA A MULHER ENCONTRADA MORTA?
Agora, com o avanço das apurações, surge um novo elemento que pode conectar as duas mortes. A mulher encontrada morta na mata foi identificada como Edna de Oliveira Silva, de 65 anos. E um detalhe chama atenção: Edna era cuidadora de idosos e, por muito tempo, trabalhou atendendo ninguém menos que o padrasto de Maicol Antônio Sales dos Santos, de 27 anos.
Maicol, como se sabe, é o principal suspeito do assassinato de Vitória Regina e, até o momento, o único preso por envolvimento no caso. Ele foi detido após contradições em seus depoimentos e evidências encontradas em seu veículo. Agora, a polícia quer entender se a morte da idosa pode ter alguma relação com a do adolescente.
PASSADO CRIMINOSO E DÚVIDAS SOBRE SUA MORTE
Outro fato que adiciona ainda mais mistério a essa história é o passado de Edna. Durante uma reportagem exibida no telejornal Primeiro Impacto, do SBT, o jornalista Felipeh Campos revelou que a idosa possuía uma ficha criminal extensa. Segundo ele, Edna acumulava mais de 30 passagens pela polícia, por crimes diversos, e já havia cumprido pena na Penitenciária Feminina do Butantã, em São Paulo.
Essa informação coloca um novo elemento na investigação: será que a morte dela foi realmente acidental ou existe algo a mais por trás disso? A polícia de Jundiaí, que está à frente do caso, agora busca aprofundar as investigações para entender o que realmente aconteceu. Se houver alguma conexão entre as duas mortes, pode-se estar diante de um esquema muito maior do que se imaginava inicialmente.
O QUE ACONTECE AGORA?
Os investigadores querem saber se Edna teve algum contato recente com Maicol ou se ela sabia de algo comprometedor sobre o suspeito. Além disso, exames mais detalhados devem ser feitos para tentar esclarecer a real causa da morte da idosa. Até o momento, não há provas concretas de que as duas mortes estejam ligadas, mas o fato de ambas as vítimas terem sido encontradas no mesmo local e de Edna ter uma ligação indireta com o suspeito levanta muitas suspeitas.
Familiares de Vitória Regina acompanham de perto os desdobramentos e esperam que a verdade seja esclarecida o mais rápido possível. Enquanto isso, a polícia segue cruzando informações e ouvindo novas testemunhas. Será que estamos diante de um crime ainda maior do que se pensava? O tempo e as investigações dirão.