As investigações sobre o caso Vitória Regina deram mais um passo nesta sexta-feira (14/3). De acordo com a Record, a polícia pediu a prisão de mais dois suspeitos, embora seus nomes ainda não tenham sido divulgados. Esse avanço veio depois da análise de celulares e perícias realizadas nos últimos dias. No entanto, ao ser questionada pelo portal LeoDias, a Polícia Civil não confirmou oficialmente o pedido, mas ressaltou que as provas continuam sendo analisadas e que os celulares apreendidos podem ser cruciais para identificar quem realmente está envolvido no crime.
Até agora, o único que está atrás das grades é Maicol Antônio Sales dos Santos. Ele foi detido depois que sua versão dos fatos não bateu com a de outras testemunhas. No depoimento, Maicol disse que estava em casa com a esposa no momento do crime, mas a mulher desmentiu a informação. A partir daí, os investigadores começaram a olhar para ele com mais atenção. E tinham razão: quando revistaram seu carro e sua residência, encontraram vestígios de sangue. Esse material foi encaminhado para perícia e pode ser a peça que faltava para ligar Maicol ao desaparecimento e morte de Vitória.
Outro ponto que pesou contra ele foi a análise do celular. Com ajuda do software israelense Cellebrite – o mesmo usado em investigações de alto nível ao redor do mundo –, os peritos conseguiram acessar o aparelho de Maicol e encontraram elementos comprometedores. Entre os arquivos, havia diversas fotos da adolescente e de mulheres com características semelhantes. Para os investigadores, isso pode indicar uma espécie de obsessão do suspeito pela vítima.
Mas não para por aí. As mensagens extraídas do celular de Maicol revelaram conversas dele com outro suspeito, que seria o ex-namorado de Vitória. Além disso, ele chegou a comentar sobre a repercussão do crime, demonstrando um interesse suspeito nos desdobramentos do caso. Outro detalhe que chamou a atenção da polícia foi o fato de que, logo após o desaparecimento da adolescente, Maicol acessou as redes sociais dela. Para os investigadores, isso pode indicar que ele queria monitorar as reações ou até mesmo apagar possíveis evidências.
Enquanto a polícia segue juntando as peças desse quebra-cabeça, a defesa de Maicol tenta minimizar as acusações. Em nota enviada à CNN, os advogados do suspeito negaram qualquer envolvimento dele no crime e afirmaram que vão contestar as provas apresentadas. Mesmo assim, o cerco parece estar se fechando. Com as novas informações surgindo a cada dia, a expectativa é que, em breve, a polícia possa esclarecer definitivamente o que aconteceu com Vitória e quem são os verdadeiros responsáveis pelo crime.
Esse caso tem chamado a atenção de muita gente e gerado debates sobre segurança e justiça. Casos como esse levantam questões importantes: até que ponto a tecnologia pode ajudar a solucionar crimes? E mais, será que os culpados realmente serão punidos ou veremos mais um exemplo de impunidade? Enquanto aguardamos os próximos capítulos dessa investigação, fica a esperança de que a verdade venha à tona e que a família de Vitória tenha a justiça que merece.