As investigações sobre o caso Vitória Regina tiveram um novo desdobramento nesta semana, quando dois guardas municipais de Cajamar, que auxiliavam nas buscas, encontraram duas ferramentas escondidas na mata próxima ao local onde a jovem foi assassinada. A pá e a enxada estavam a cerca de 20 metros do ponto exato onde o corpo foi localizado, o que levantou novas questões sobre a dinâmica do crime.
Assim que fizeram a descoberta, os guardas acionaram imediatamente a equipe de perícia técnica, permanecendo no local até a chegada dos especialistas. Os objetos foram cuidadosamente recolhidos e encaminhados ao Instituto de Criminalística, onde passarão por exames detalhados. Os laudos podem ser fundamentais para esclarecer o envolvimento do suspeito já detido e para apontar se outras pessoas podem estar ligadas ao crime.
Investigação avança com depoimento do padrasto do suspeito
Com a descoberta das ferramentas, a polícia decidiu interrogar o padrasto de Maicol Antonio Sales dos Santos, o único suspeito preso até o momento. Os investigadores foram até a residência do homem e, em seguida, o conduziram à delegacia para prestar esclarecimentos.
Durante o depoimento, ele afirmou que recentemente percebeu o sumiço de algumas de suas ferramentas, que costumava usar para a limpeza de chiqueiros. Segundo ele, a enxada e a pá ficavam guardadas em um galpão ao lado de sua casa, sem cadeado ou qualquer tipo de proteção.
Ao ser apresentado às ferramentas encontradas na mata, tanto ele quanto um amigo que também utilizava os equipamentos não tiveram dúvidas: eram exatamente os mesmos objetos que haviam desaparecido semanas antes.
O padrasto ainda acrescentou que Maicol costumava pegar ferramentas emprestadas sem avisá-lo, mas geralmente as devolvia. Desta vez, no entanto, os objetos sumiram por aproximadamente 15 dias antes de serem encontrados na cena do crime.
Ele reforçou que, apesar de viver há quase uma década com a mãe de Maicol, sua relação com o enteado sempre foi distante, já que o jovem morava em outra residência.
Polícia tenta conectar ferramentas ao crime
Agora, os investigadores tentam estabelecer uma ligação definitiva entre as ferramentas e o assassinato de Vitória Regina. Se os laudos da perícia confirmarem a presença de vestígios biológicos da vítima ou mesmo digitais do suspeito, isso pode fortalecer a tese da acusação.
Especialistas afirmam que o uso de ferramentas em crimes dessa natureza pode revelar detalhes cruciais sobre como o delito foi cometido. Marcas no solo, resíduos de terra e até mesmo partículas de pele ou sangue podem ser analisadas em laboratório para determinar se houve contato direto com a vítima.
Além disso, a posição e a maneira como os objetos estavam escondidos na mata indicam que alguém tentou se livrar deles, o que levanta a suspeita de premeditação.
Linha do tempo da investigação
Desde o desaparecimento de Vitória Regina, o caso tem mobilizado equipes policiais e gerado grande repercussão entre os moradores da região. A prisão de Maicol Antonio Sales dos Santos aconteceu depois que provas iniciais o colocaram no centro da investigação, mas a polícia ainda trabalha para reunir elementos mais sólidos antes de encerrar o inquérito.
Com a recente descoberta das ferramentas, o caso ganha um novo capítulo. Agora, resta saber se os exames periciais trarão evidências concretas que possam conectar Maicol ao crime ou se novos suspeitos podem surgir ao longo das investigações.
Por enquanto, a polícia segue analisando todas as possibilidades, enquanto familiares e amigos da vítima aguardam respostas sobre o que realmente aconteceu na noite do assassinato.
