Um grave acidente de trânsito envolvendo uma ambulância da Base Descentralizada do SAMU de Campos Belos e um caminhão estacionado resultou na morte da técnica de enfermagem Jovelina Francisca Alves Mendes. O caso aconteceu na madrugada deste domingo (16), em um trecho da GO-118, entre Alto Paraíso de Goiás e Teresina de Goiás. A ambulância seguia para Ouro Açu, onde deixaria um paciente, quando colidiu violentamente com o veículo de carga parado no acostamento.
O impacto foi tão intenso que deixou outras pessoas feridas, além da fatalidade registrada. Equipes de resgate foram acionadas para socorrer os envolvidos, enquanto a Polícia Civil iniciou as investigações para apurar se houve negligência por parte de algum dos condutores.
Dificuldades na estrada e versão dos envolvidos
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rafael Turati Rossi, as condições climáticas no momento do acidente eram desfavoráveis. Uma densa neblina cobria a rodovia, comprometendo a visibilidade dos motoristas.
Em depoimento às autoridades, o condutor do caminhão relatou que precisou parar no acostamento porque o motor do veículo havia superaquecido. Para evitar um possível acidente, ele afirmou ter colocado arbustos e galhos antes do caminhão, tentando alertar outros motoristas sobre a presença do veículo parado. No entanto, devido à baixa visibilidade provocada pela neblina, não soube dizer se sua sinalização foi suficiente para evitar a colisão.
Os peritos que estiveram no local analisaram os destroços da ambulância e do caminhão, coletando provas que possam esclarecer as circunstâncias da tragédia. A polícia pretende verificar se as normas de segurança foram cumpridas e se havia meios de evitar o acidente.
Luto e homenagem à profissional da saúde
A notícia da morte de Jovelina Francisca Alves Mendes causou comoção entre familiares, amigos e colegas de profissão. Como técnica de enfermagem, ela dedicou anos de sua vida ao cuidado de pacientes e ao serviço de emergência, atuando no SAMU com comprometimento e profissionalismo.
O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás publicou uma nota de pesar nas redes sociais, lamentando profundamente a perda da profissional.
“Na linha de frente, Jovelina foi uma profissional dedicada, que sempre exerceu seu trabalho com responsabilidade e compromisso com a saúde pública. Sua partida prematura representa uma grande perda para toda a categoria da saúde e para aqueles que tiveram o privilégio de trabalhar ao seu lado”, afirmou o sindicato em comunicado oficial.
Além disso, colegas de trabalho compartilharam homenagens emocionadas, relembrando momentos de convivência com Jovelina e destacando sua dedicação incansável à profissão. “Ela sempre estava disposta a ajudar, sempre com um sorriso no rosto, mesmo nos momentos mais difíceis. Perdemos uma grande profissional e uma amiga querida”, comentou um companheiro de equipe.
Repercussão e medidas de segurança
O acidente reacendeu debates sobre as condições das rodovias estaduais e a segurança dos profissionais que trabalham no transporte de pacientes. Especialistas em trânsito ressaltam que trechos como o da GO-118 exigem atenção redobrada, principalmente em períodos de baixa visibilidade, como o ocorrido na madrugada da tragédia.
Além disso, motoristas de ambulâncias e caminhões enfrentam desafios constantes, como longas jornadas, estradas mal sinalizadas e a necessidade de reagir rapidamente a imprevistos. O caso levanta questionamentos sobre a necessidade de melhorias na infraestrutura viária e na sinalização de emergências, para evitar que tragédias como essa se repitam.
A Polícia Civil segue com as investigações para determinar se houve falha na sinalização do caminhão ou se outros fatores contribuíram para a fatalidade. Enquanto isso, amigos e familiares de Jovelina se despedem, lamentando a perda de uma profissional que dedicou sua vida ao cuidado do próximo.
