Mais informações sobre o caso da Vitória vieram à tona neste sábado (22), e caso ficou ainda mais complexo. Durante uma entrevista com o jornalista Pedro Campos, da Rádio Bandeirantes, o delegado de Cajamar revelou que o assassino da jovem de 17 anos, Maicol Antonio Sales dos Santos, pode acabar sendo transferido para uma espécie de “manicômio judicial”, ao invés de ficar preso em uma penitenciária comum.
Será que ele vai ser internado mesmo? Maicol cometeu crimes brutais que poderiam levá-lo a uma pena de até 80 anos de prisão. Porém, segundo o delegado, as atitudes e a personalidade de Maicol lembram muito as de pessoas com problemas psiquiátricos. O delegado explicou que, no Brasil, não existe pena perpétua, e o limite máximo de prisão para um crime é de 80 anos. Então, uma possibilidade que pode ser considerada é a chamada “absolvição imprópria”. Isso significa que ele seria absolvido da imputação penal, mas, em vez de ir para a cadeia, poderia ser internado em um hospital psiquiátrico.
“Não podemos esquecer que as penas no Brasil não são perpétuas. O limite é de 80 anos. O que pode acontecer é ele ser absolvido da pena, mas ser internado em uma medida de segurança, em um hospital psiquiátrico”, disse o delegado, durante a entrevista. Isso é o que a lei prevê quando alguém é considerado “inimputável” — ou seja, uma pessoa que não tem consciência do que fez por causa de problemas mentais.
O delegado, Fábio Cenachi, ainda reforçou que Maicol demonstrou sinais claros de distúrbios psiquiátricos. Ele falou de frieza, desprezo pelas consequências dos seus atos, além de mudanças repentinas de humor. “Pelo que parece, ele realmente tinha uma fixação pela Vitória. Mas até agora não temos provas de que ele tinha um relacionamento com ela de fato, só que tentava se aproximar”, explicou.
Confissão pode diminuir pena? Agora, a história fica mais estranha. Maicol teria confessado para a polícia que matou Vitória porque ela estava ameaçando contar sobre o relacionamento extraconjugal que eles mantinham. Ele disse que agiu sozinho e não havia ninguém mais envolvido no crime. Mas será que essa confissão pode ajudar ele de alguma forma?
Alguns especialistas acreditam que sim. O advogado criminalista Rafael Valentini, em uma entrevista à CNN Brasil, falou sobre isso. Ele explicou que, apesar de ser uma confissão meio vaga, ela pode ser vista como um sinal de arrependimento. E isso pode, de alguma maneira, diminuir a pena do Maicol. No Brasil, a confissão é um dos fatores que os juízes consideram na hora de decidir a punição. Por mais que ele tenha cometido um crime tão grave, a confissão pode ser vista como um indicativo de que ele está se arrependendo, o que pode ajudar a reduzir a pena dele.
Mas claro, ainda é cedo para dizer como a Justiça vai agir nesse caso. O que se sabe é que o crime foi brutal e com requintes de crueldade, o que deixa muita gente indignada. Algumas pessoas, inclusive, questionam o fato de Maicol poder ser tratado como alguém com distúrbios psiquiátricos, já que ele não parece ter agido de maneira impulsiva, mas de forma planejada e fria.
No fim das contas, o caso da Vitória só traz mais perguntas do que respostas. A cada nova atualização, mais questões surgem sobre o futuro de Maicol e sobre como a Justiça vai lidar com ele. Só o tempo vai dizer o que vai acontecer de verdade. E a família de Vitória, claro, espera que ele pague de alguma forma por tudo o que fez.
A história ainda está longe de acabar, e muita gente segue acompanhando de perto.