O mundo do esporte está de luto. O esquiador olímpico Berkin Usta, de apenas 25 anos, faleceu na última quinta-feira (26) em um trágico incêndio na Turquia. Ele não estava sozinho—seu pai, Yahya Usta, de 57 anos, também perdeu a vida no acidente.
A fatalidade ocorreu na província de Bursa, em um hotel que, curiosamente, estava interditado para visitantes por falta de inspeções de segurança. Segundo informações do jornal britânico Daily Mail, o local acabou sendo consumido pelas chamas durante a madrugada, impedindo que pai e filho conseguissem escapar.
Hotel interditado e vítimas intoxicadas
Apesar de estar fechado para o público, o hotel ainda abrigava alguns funcionários e um pequeno número de hóspedes, incluindo Berkin e Yahya. Quando o fogo começou, por volta das 5h da manhã, o desespero tomou conta do local. O incêndio se espalhou rapidamente pelos andares superiores, dificultando o resgate e levando várias pessoas a serem hospitalizadas devido à inalação excessiva de fumaça tóxica.
As equipes de bombeiros trabalharam intensamente para conter as chamas, mas levaram cerca de duas horas para controlar o fogo. Infelizmente, quando conseguiram acessar todas as áreas do edifício, já era tarde demais para o atleta e seu pai.
Agora, a polícia local investiga as causas do incêndio, tentando entender como um hotel interditado ainda funcionava de forma irregular e o que pode ter levado ao início do fogo.
Carreira de Berkin Usta
Berkin Usta era uma jovem promessa do esqui alpino. Representou a Turquia em competições internacionais e era visto como um dos grandes talentos do esporte no país. Sua morte prematura choca não só a comunidade esportiva, mas também aqueles que acompanhavam sua trajetória e torciam por um futuro brilhante.
O Comitê Olímpico Turco emitiu uma nota lamentando profundamente a perda do atleta e prestando solidariedade à família. Fãs e amigos também usaram as redes sociais para homenageá-lo, relembrando sua paixão pelo esporte e o legado que deixou.
⸻
Política mineira de luto: morre o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman
Além da tragédia na Turquia, o Brasil também enfrentou uma perda significativa esta semana. Fuad Noman, prefeito de Belo Horizonte e filiado ao PSD, faleceu aos 77 anos na quarta-feira (26).
A notícia abalou a política mineira, principalmente porque Fuad já vinha enfrentando problemas de saúde há algum tempo. Ele estava internado desde o dia 3 de janeiro devido a um quadro grave de insuficiência respiratória e chegou a ser transferido para a UTI, onde precisou de ventilação mecânica para respirar.
Luta contra problemas de saúde
Na noite de terça-feira (25), seu quadro se agravou ainda mais. O prefeito sofreu uma parada cardiorrespiratória e precisou ser reanimado pelos médicos. Além disso, foi diagnosticado com insuficiência renal aguda e um choque cardiogênico—uma condição grave em que o coração perde a capacidade de bombear sangue adequadamente, exigindo o uso de medicamentos para manter as funções vitais.
Fuad também havia travado uma batalha contra um linfoma abdominal durante a campanha eleitoral, um tipo de câncer agressivo. No entanto, após meses de tratamento, ele conseguiu entrar em remissão total da doença, o que lhe permitiu seguir na disputa e conquistar sua reeleição.
O sonho de concluir seu mandato
Apesar das dificuldades de saúde, Fuad sempre demonstrou comprometimento com a cidade e deixou claro que seu objetivo era terminar o mandato para concluir os projetos iniciados. Em uma entrevista ao O Globo, antes de sua internação, ele comentou sobre seus planos para o futuro.
“Eu não quero ser governador, senador ou deputado. Meu sonho era ser reeleito prefeito para terminar as obras que comecei. Vou terminar meu mandato com quase 81 anos, e não faz sentido procurar mais aventuras como essa. Espero ter saúde para conseguir concluir o mandato e fazer o que tem de ser feito. Depois, vou para casa. Espero que esteja tudo bem. Meus netos, a essa altura, já vão estar formados, casando. Ainda estou cheio de saúde, graças a Deus, mas de fato será meu último cartucho.”
Infelizmente, o destino não permitiu que ele levasse esse plano adiante. Sua morte representa o fim de uma trajetória política marcada por dedicação a Belo Horizonte e por uma postura firme em relação à administração pública.
Agora, a cidade se despede de seu prefeito, e a política mineira perde uma de suas figuras mais emblemáticas. O velório de Fuad Noman deve reunir autoridades, familiares e eleitores que acompanharam seu trabalho ao longo dos anos.
⸻
Duas perdas, um sentimento de luto
Seja no esporte ou na política, esta semana foi marcada por despedidas difíceis. A morte de Berkin Usta interrompeu precocemente uma carreira promissora, deixando uma lacuna no esqui internacional. Já a partida de Fuad Noman encerra um ciclo na política mineira, levando consigo um líder que sonhava apenas em concluir sua missão na prefeitura.
São histórias distintas, mas que compartilham um mesmo sentimento: o impacto de uma perda inesperada. Enquanto amigos, familiares e admiradores prestam suas últimas homenagens, resta apenas a lembrança de quem foram e o legado que deixaram para trás.