Nos últimos dias, dois crimes brutais envolvendo pais e filhos chocaram o mundo. Um deles aconteceu nos Estados Unidos, onde uma mãe foi presa após confessar o assassinato do próprio filho durante uma viagem à Disneyland, na Califórnia. O outro, no Brasil, em São Gabriel (RS), onde um pai jogou seu filho de cinco anos de uma ponte e enviou um áudio admitindo o crime.
As histórias são devastadoras e trazem à tona discussões sobre saúde mental, relações familiares e a importância de acompanhamento psicológico para evitar tragédias como essas.
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Mãe confessa assassinato do filho após passeio na Disney
O caso envolvendo Saritha Ramaraju, de 48 anos, deixou a população americana perplexa. Durante uma viagem à Disneyland, na Califórnia, ela assassinou o próprio filho de 11 anos dentro de um motel. O crime só foi descoberto porque a própria mulher ligou para a polícia e confessou o que havia feito.
O site TMZ divulgou imagens chocantes da abordagem policial. No vídeo, Saritha aparece caminhando calmamente em direção aos agentes, com sangue nas mãos, enquanto ainda falava ao telefone. Quando questionada, simplesmente indicou que o filho estava dentro do quarto. Os policiais entraram e encontraram o garoto já sem vida.
O menino foi morto a facadas e, ao lado de seu corpo, havia souvenirs da Disney, comprados no mesmo dia do crime. Em depoimento, Saritha afirmou que tentou cometer suicídio logo após o assassinato, ingerindo uma grande quantidade de remédios.
Investigação e possíveis motivações
A mulher foi levada ao hospital e, depois de receber atendimento médico, foi transferida para uma prisão no Condado de Orange, onde responde por diversas acusações, incluindo:
• Homicídio qualificado
• Uso de arma durante o crime
• Tortura e mutilação
• Colocar uma criança em risco
Segundo informações divulgadas pela polícia, Saritha e o filho estavam viajando juntos há três dias, e o plano era retornar para casa naquele mesmo dia. A criança seria entregue ao pai, de quem a mulher se divorciou em 2018.
A motivação do crime ainda não foi esclarecida, e as autoridades seguem investigando o caso.
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Pai joga filho de 5 anos de ponte e confessa crime em áudio
Enquanto os Estados Unidos tentam entender o crime cometido por Saritha, no Brasil, outra tragédia tomou conta das manchetes. Tiago Ricardo Felber, um homem de 33 anos, confessou ter assassinado seu próprio filho, Theo Ricardo Ferreira Felber, de apenas 5 anos.
O crime aconteceu na última terça-feira (25/3), em São Gabriel, no Rio Grande do Sul. Segundo informações da Polícia Civil, Tiago pegou o filho e o jogou de uma ponte, provocando sua morte.
Logo após o ocorrido, o assassino enviou um áudio de nove segundos para uma prima, assumindo a barbaridade que havia cometido. Na gravação, ele diz:
“Viu, guria, seja forte. Fiz uma loucurinha agora, tá? Aguenta o coração para o resto da vida. Eu atirei o Theo abaixo da ponte agora.”
O áudio viralizou rapidamente nas redes sociais, aumentando ainda mais a revolta da população.
Tio da vítima relata última conversa com o criminoso
Além da mensagem para a prima, Tiago também entrou em contato com Fulvio Diverio, tio do menino, pouco antes de se entregar às autoridades. Em entrevista à RBS TV, Fulvio contou que recebeu um telefonema da esposa, que havia falado com o criminoso. Segundo ele, Tiago disse:
“Vem buscar a chave aqui no centro, porque eu fiz uma bobagem. Eu machuquei o Theo até não poder mais.”
O relato deixou a família em choque.
Motivação do crime ainda está sendo investigada
A polícia ainda não divulgou o motivo exato que levou Tiago a cometer o crime. No entanto, algumas informações preliminares indicam que ele teria problemas com a ex-mulher e estaria passando por dificuldades emocionais.
Ele foi preso em flagrante e está detido à disposição da Justiça. A comoção na cidade de São Gabriel tem sido grande, e manifestações pedindo justiça pelo pequeno Theo foram organizadas nos últimos dias.
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Casos que levantam discussões importantes
Ambos os crimes deixaram a sociedade perplexa e levantaram questionamentos sobre a saúde mental e o acompanhamento psicológico de pais que apresentam sinais de comportamento instável.
Infelizmente, casos como esses não são isolados. De tempos em tempos, surgem tragédias que poderiam ter sido evitadas caso os envolvidos tivessem recebido o suporte necessário.
No caso de Saritha Ramaraju, ainda não se sabe se ela já apresentava sinais de instabilidade emocional antes do crime, mas o fato de ter tentado se suicidar logo após o assassinato do filho indica um profundo desequilíbrio psicológico.
Já no caso de Tiago Ricardo Felber, há indícios de que a separação e possíveis desavenças com a ex-mulher possam ter influenciado suas ações, mas nada justifica um ato tão cruel.
Essas histórias trágicas reforçam a necessidade de estar atento a sinais de alerta, tanto dentro das famílias quanto entre amigos e colegas. Muitas vezes, pequenas mudanças de comportamento podem indicar que alguém precisa de ajuda.
Além disso, a sociedade precisa discutir formas mais eficazes de proteger crianças em situações de risco, evitando que tragédias como essas se repitam. Afinal, ninguém deveria perder a vida por conta de conflitos que poderiam ter sido resolvidos de outra forma.