Na madrugada desta terça-feira, 8 de abril, um acidente trágico aconteceu na rodovia MG-223, em Araguari (MG), deixando 11 pessoas mortas, incluindo duas crianças de 2 e 4 anos. Uma das vítimas foi uma mulher grávida de 8 meses, que precisou passar por uma cesárea de emergência e também por uma cirurgia para amputar um dos braços após o impacto do capotamento de um ônibus que ela estava. A bebê sobreviveu e está na UTI neonatal, com o quadro estável.
O acidente aconteceu por volta das 3h30 da manhã, quando o motorista do ônibus perdeu o controle do veículo em um trevo próximo a Araguari, fazendo o ônibus tombar. Dez pessoas morreram no local, e uma outra vítima foi levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Ao todo, o coletivo transportava dezenas de pessoas, e sete passageiros ficaram em estado grave, sendo levados para o Hospital da Universidade Federal de Uberlândia.
O hospital confirmou que realizou a cesárea da mulher, mas não divulgou detalhes sobre seu estado de saúde nem o da bebê. O nome dela também não foi revelado. O marido da mulher, que estava no coletivo, falou ao Jornal Nacional da TV Globo e contou como tudo aconteceu. Ele descreveu um momento de pânico: “Na hora que eu fui tentar puxar ela e o ônibus já deitou, todo mundo já saiu, aí só escutei gritos, gritos. Preocupado, com muita dor e rezando a todo momento para que minha esposa saia bem e minha filha também.”
Os detalhes sobre o acidente são realmente chocantes. Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, há a suspeita de que várias das vítimas fatais não usavam o cinto de segurança, o que pode ter contribuído para a gravidade das lesões. O major Fabrício Silva Araújo, que falou à TV Globo, afirmou que “os indícios levam a crer que aqueles passageiros que foram ejetados, infelizmente e fatalmente, estavam sem o cinto de segurança”.
Ainda em relação ao motorista, ele foi ouvido pela Polícia Militar na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Araguari. O teste de bafômetro feito no condutor não apontou a presença de álcool no organismo, o que indica que, ao menos nesse aspecto, o acidente não foi causado por embriaguez ao volante.
A empresa Real Expresso, responsável pelo ônibus, se manifestou sobre o acidente. Em comunicado à TV Globo, a empresa disse que está colaborando com as investigações e prestando auxílio às famílias das vítimas. Isso é importante, porque em situações como essa, as famílias ficam completamente desamparadas, e qualquer apoio adicional pode ser um alento nesse momento tão difícil.
É de se lamentar profundamente que algo tão grave tenha acontecido, principalmente envolvendo tantas vítimas fatais e feridos. Além das mortes trágicas, as vidas das pessoas que sobrevivem ao acidente nunca mais serão as mesmas. A dor, o sofrimento e os traumas causados por uma situação como essa podem marcar para sempre aqueles que vivenciaram o acontecido.
É sempre difícil falar sobre algo assim, mas também é essencial que casos como esse sejam discutidos. Afinal, eles nos lembram da importância de medidas de segurança, como o uso do cinto de segurança, e da necessidade de mais conscientização em relação ao transporte coletivo. Muitas vezes, quando estamos no dia a dia, achamos que nunca vai acontecer conosco, mas, infelizmente, esses eventos trágicos mostram que o imprevisto pode acontecer a qualquer momento.
A tragédia em Araguari serve como um alerta para todos nós. E, por mais que as investigações sigam seu curso, fica o desejo de que as famílias das vítimas encontrem forças para seguir em frente, e que lições possam ser tiradas desse acontecimento para evitar que tragédias assim se repitam.